Imperador Nero
Página 1 de 1 • Compartilhe
Imperador Nero

A ascensão política de Nero teve lugar quando Agripina convenceu o marido, o imperador Cláudio - com quem entretanto casara, após o assassinato de Gneu - a adoptá-lo e escolhê-lo para seu sucessor, após eliminar os partidários de Britânico, filho de Cláudio, e induzir o seu próprio filho a casar-se com Octávia, filha do imperador. Quando Cláudio morreu em 54, provavelmente assassinado pela própria Agripina, Nero foi proclamado imperador sem oposição.
A sua governação foi inicialmente positiva, sob orientação de sua mãe, do seu preceptor, o filósofo Séneca, e do prefeito pretoriano Burro. No entanto, aos poucos, a paranóia que marcara já a personalidade dos seus antecessores Tibério e Calígula foi-se instalando em Nero, que desencadeou uma série de assassinatos, incluindo do próprio Britânico (em 55), da sua mãe Agripina (em 59, após várias tentativas) e de sua esposa (em 62).
Nero considerava-se um artista e desejava ser tratado como tal. Ficaram famosas as suas festas e banquetes, nos quais obrigava a corte a ouvir os seus poemas e cantigas. É também conhecida a sua entrega à libertinagem e a gabar-se de pretensos dotes artísticos e de cavalaria. Instituiu os jogos chamados Juvenália e Neronis, e exibia-se nos teatros e nos circos. Dentro do grupo dos seus libertinos amigos de então contava-se Marco Sálvio, futuro imperador Otão.
O imperador favoreceu cultos orientais estranhos à tradição romana e recorreu aos processos por traição para confiscar bens dos ricos e nobres como forma de compensar o Tesouro dos seus excessos. A sua crueldade e irresponsabilidade provocaram o descontentamento no meio militar, a oposição da aristocracia e o início da disseminação de revoltas. A sua resposta foi violenta e deu oriem a uma nova onda de assassinatos e execuções, da qual foram vitímas, entre outras, Séneca e o poeta Lucano.
Em 68, a sua situação como imperador era insustentável. Sérvio Galba, o governador da província romana da Hispânia, decidiu tomar a iniciativa e marchou contra Roma, á frente de um grande exército. O Senado seguiu o rumo dos acontecimentos e declarou Nero persona non grata, o que na prática o tornava num inimigo público, e reconheceu Galba como novo imperador.
Sem apoio de nenhum dos quadrantes de Roma, Nero foi obrigado a fugir. Perseguido pela guarda pretoriana, acabou por se suicidar, auxiliado pelo seu secretário, a única pessoa que lhe permanecera fiel.
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Imperador Nero
Os últimos dias de Nero
Nero passou os anos de 66 e 67 na Grécia em orgias, banquetes, festas, concursos de poesia e canto, e chegou a participar nos Jogos Olímpicos de 67 onde ganhou todos os prémios da competição. Numa corrida nos Jogos, Nero conduzia um carro de dez cavalos e teve uma queda, onde quase faleceu, mas mesmo assim os juízes deram-lhe a vitória. A sua vitória nesses Jogos Olímpicos deu-se, sem dúvida, à sua condição de imperador e aos subornos.
Quando Nero voltou a Roma, nos princípios de 68, fez um desfile onde mostrou todas as coroas de flores ganhas nos Jogos. Essa viagem foi um grande sucesso político porque aproximou ainda mais a Grécia e Roma. Nero proclamou a Grécia como independente e disse que só os gregos mereciam ouvir as suas canções e ler as suas poesias, e foi por causa disse tudo que os gregos ficaram muito tristes com a morte de Nero. Os gregos consideravam o seu imperador como o libertador da Grécia e amavam Nero.
Já de volta a Roma, a loucura continuou porque Nero estava a perceber que o seu reinado poderia estar a acabar, devido às muitas rebeliões e conspirações, e começou a dar dinheiro e comida ao povo, para tentar ganhar o seu apoio. Ele dava festas públicas onde atirava pão e moedas para as multidões. Foi por causa disse que o povo também lamentou a sua morte.
Resolveu também juntar um exército de prostitutas, que iria comandar para derrotar as rebeliões através, não das espadas, mas sim cantando! Esta foi a gota de água, e aí o senado subornou a Guarda Pretoriana para o poder proclamar Inimigo do Estado.
Nero passou os anos de 66 e 67 na Grécia em orgias, banquetes, festas, concursos de poesia e canto, e chegou a participar nos Jogos Olímpicos de 67 onde ganhou todos os prémios da competição. Numa corrida nos Jogos, Nero conduzia um carro de dez cavalos e teve uma queda, onde quase faleceu, mas mesmo assim os juízes deram-lhe a vitória. A sua vitória nesses Jogos Olímpicos deu-se, sem dúvida, à sua condição de imperador e aos subornos.
Quando Nero voltou a Roma, nos princípios de 68, fez um desfile onde mostrou todas as coroas de flores ganhas nos Jogos. Essa viagem foi um grande sucesso político porque aproximou ainda mais a Grécia e Roma. Nero proclamou a Grécia como independente e disse que só os gregos mereciam ouvir as suas canções e ler as suas poesias, e foi por causa disse tudo que os gregos ficaram muito tristes com a morte de Nero. Os gregos consideravam o seu imperador como o libertador da Grécia e amavam Nero.
Já de volta a Roma, a loucura continuou porque Nero estava a perceber que o seu reinado poderia estar a acabar, devido às muitas rebeliões e conspirações, e começou a dar dinheiro e comida ao povo, para tentar ganhar o seu apoio. Ele dava festas públicas onde atirava pão e moedas para as multidões. Foi por causa disse que o povo também lamentou a sua morte.
Resolveu também juntar um exército de prostitutas, que iria comandar para derrotar as rebeliões através, não das espadas, mas sim cantando! Esta foi a gota de água, e aí o senado subornou a Guarda Pretoriana para o poder proclamar Inimigo do Estado.
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Imperador Nero
O físico de Nero
Em Vidas dos Doze Césares, o historiador Suetónio descreve o aspeto físico de Nero. Coloco aqui essa parte do livro no original em latim e traduzo para o português:
"Statura fuit prope iusta, corpore maculoso et fetido, subflavo capillo, vultu pulchro magis quam venusto, oculis caesis et hebetioribus, cervice obesa, ventre proiecto, gracillimis cruribus, valitudine prospera; nam qui luxuriae immoderatissimae esset, ter omnino per quattuordecim annos languit, atque ita ut neque vino neque consuetudine reliqua abstineret; circa cultum habitumque adeo pudendus, ut comam semper in gradus formatam peregrinatione Achaica etiam pone verticem summiserit ac plerumque synthesinam indutus ligato circum collum sudario in publicum sine cinctu et discalciatus."
"Era de altura média, com o corpo manchado e fétido, cabelo loiro claro, traços normais em vez de atraentes, olhos azuis e um pouco fracos, pescoço magro, barriga proeminente e pernas esguias. A sua saúde era boa e, apesar de cometer muitos excessos, esteve doente apenas três vezes durante os quatorze anos do seu reinado, e mesmo nessas ocasiões não largou o vinho e os restantes hábitos. Ele era completamente desavergonhado no cuidado da sua pessoa e das suas roupas, sempre com o cabelo arranjado em camadas encaracoladas e, durante a viagem à Grécia, até o deixou crescer ao ponto de cair pelas costas; e ele sempre aparecia em público com um roupão de jantar, com um lenço ao pescoço, sem cinto e descalço."
Em Vidas dos Doze Césares, o historiador Suetónio descreve o aspeto físico de Nero. Coloco aqui essa parte do livro no original em latim e traduzo para o português:
"Statura fuit prope iusta, corpore maculoso et fetido, subflavo capillo, vultu pulchro magis quam venusto, oculis caesis et hebetioribus, cervice obesa, ventre proiecto, gracillimis cruribus, valitudine prospera; nam qui luxuriae immoderatissimae esset, ter omnino per quattuordecim annos languit, atque ita ut neque vino neque consuetudine reliqua abstineret; circa cultum habitumque adeo pudendus, ut comam semper in gradus formatam peregrinatione Achaica etiam pone verticem summiserit ac plerumque synthesinam indutus ligato circum collum sudario in publicum sine cinctu et discalciatus."
"Era de altura média, com o corpo manchado e fétido, cabelo loiro claro, traços normais em vez de atraentes, olhos azuis e um pouco fracos, pescoço magro, barriga proeminente e pernas esguias. A sua saúde era boa e, apesar de cometer muitos excessos, esteve doente apenas três vezes durante os quatorze anos do seu reinado, e mesmo nessas ocasiões não largou o vinho e os restantes hábitos. Ele era completamente desavergonhado no cuidado da sua pessoa e das suas roupas, sempre com o cabelo arranjado em camadas encaracoladas e, durante a viagem à Grécia, até o deixou crescer ao ponto de cair pelas costas; e ele sempre aparecia em público com um roupão de jantar, com um lenço ao pescoço, sem cinto e descalço."
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Imperador Nero
Nero, o Poder e a Loucura
Nero, um imperador faminto por poder e hedonista, teve como tutor o filósofo Séneca. Os seus primeiros cinco anos de reinado foram considerados os tempos áureos do Império Romano.
Nero, um imperador faminto por poder e hedonista, teve como tutor o filósofo Séneca. Os seus primeiros cinco anos de reinado foram considerados os tempos áureos do Império Romano.
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Imperador Nero
Ícones do Mau Comportamento - Nero
Nero foi cruel, um tirano indulgente que brincava enquanto Roma se queimava. Pelo menos é isso que conta a história. A verdade está em uma criança trazida ao mundo por uma mãe seriamente perturbada.
Nero foi cruel, um tirano indulgente que brincava enquanto Roma se queimava. Pelo menos é isso que conta a história. A verdade está em uma criança trazida ao mundo por uma mãe seriamente perturbada.
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|