Enciclopédia

Entre 1751 e 1756, o filósofo e escritor francês Denis Diderot, com a colaboração do físico e filósofo D'Alembert, dedicou-se à criação da Enciclopédia, tendo publicado, em França, a grande Encyclopédie ou Diccionnire Raisonné des Sciences, des Arts, et des Métiers. Esta foi uma obra de tiragem limitada, composta por diversos volumes, que se tornou a fonte do pensamento iluminista.

A elaboração desta grandiosa publicação coletiva esteve a cargo de um grande número de notáveis, que Diderot e Alembert souberam juntar na denominada "société de gens de lettres" (sociedade dos homens de letras). Entre os iluministas, a obra contou com autores como Montesquieu, Rousseau, Holbach e Voltaire.

A Encyclopédie, o exemplo mais célebre de uma enciclopédia antiga, elogiava pensadores protestantes, desafiando ao mesmo tempo os dogmas da Igreja Católica Romana, razão pela qual foi contestada pelo papa Clemente XIII (1758-1769). Esta obra tinha uma inspiração racionalista e materialista, propondo a separação entre a Igreja e o Estado. Apesar de ter sido banida na totalidade, devido à censura papal, a Encyclopédie marcou toda a Humanidade.

Durante o século XVIII, com o objetivo de difundir conhecimento sobre os avanços científicos e artísticos, foi prática comum a redação de dicionários. A obra mais importante dos iluministas franceses foi a Enciclopédia. Compreendia 28 volumes que, por ordem alfabética, continham a história do progresso humano nas ciências, nas artes e no pensamento. A Enciclopédia foi planeada e dirigida pelo escritor Denis Diderot (1713-1784), juntamente com o matemático Jean D'Alembert, mas também colaboraram diversos inteletuais da época. Os seus ataques demolidores contra os princípios vigentes na política, economia, educação e religião, deram lugar a numerosas controvérsias e abriram caminho para a Revolução Francesa (1789) e, mais tarde, para a independência dos países latino-americanos.