Luís XIV de França

Monarca francês, Luís XIV nasceu em 1638, em Saint-Germain-en-Laye, e era filho de Luís XIII e de Ana da Áustria. Tinha apenas cinco anos quando o pai morreu, em 1643. Assim, durante a sua menoridade, a França foi governada pelo cardeal Mazarino, um dos colaboradores mais dedicados de Richelieu.

Quando atingiu a maioridade, Luís XIV levou o absolutismo à expressão máxima e foi chamado Rei-Sol, devido ao esplendor político e cultural da França durante o seu reinado. Em matéria religiosa, o rei exigiu também submissão geral. A intromissão do monarca francês na jurisdição eclesiástica, criou desentendimentos com o papa Inocêncio XI. Em 1685, Luís XIV revogou o Édito de Nantes, pondo fim à existência legal do Protestantismo em França.

O seu reinado pautou-se por uma grande prosperidade e pelo desenvolvimento económico, militar, científico e artístico. Sob as ordens de Jean-Baptiste Colbert, reformaram-se as finanças do reino, desenvolveu-se o comércio e a política colonial.

Participou em algumas guerras, entre 1667 e 1697, que resultaram na expansão das fronteiras orientais de França, e, entre 1701 e 1714, envolveu-se numa coligação, com o objetivo de assegurar o trono espanhol ao seu neto.

Faleceu em 1715, em Versalhes, vítima da varíola.

Luís XIV subiu ao trono francês em 1643, ainda criança, mas em 1661 assumiu pessoalmente o poder e estabeleceu um regime de monarquia absoluta e fortemente centralizado. Foi conhecido como o Rei Sol, porque ocupava o centro do poder, fazendo girar à sua volta toda a vida política e social da França. A sua concepção de poder, baseada na origem divina, resume-se na frase "O Estado sou Eu". Durante o seu reinado, devastado por guerras com os seus vizinhos, a França assistiu a um grande crescimento económico e cultural, convertendo-se na principal potência da Europa continental.

Uma curiosidade: tanto as atividades da primeira hora da manhã - levantar-se, limpar-se, pentear-se, barbear-se e tomar o pequeno-almoço - como o almoço e o jantar de Luís XIV eram atos públicos. Assistiam a eles como espetadores, além de um grande número de servos, os cortesãos que tinham obtido esta concessão do rei.