Andrea Mantegna

Andrea Mantegna (1431-1506) foi o primeiro artista do Norte de Itália a absorver as inovações de Masaccio e Donatello.

Mantegna nasceu em Isola di Carturo, perto de Pádua. Iniciou a sua aprendizagem no atelier do pintor paduano Francesco Squarcione, cuja paixão pelas antiguidades clássicas acabou por influenciar o seu discípulo. Em 1453 Mantegna casou com Nicolosia, a filha do famoso pintor veneziano Jacopo Bellini. Trabalhou em Pádua na Capela Ovetari e em Verona, onde pintou o retábulo de San Zeno (1456-1459).

Em 7 de Agosto de 1460 entrou para a corte de Gonzaga em Mântua e, exceptuando breves visitas a Florença e a Roma, passou o resto da sua vida ao serviço desta. Em 1474 completou os frescos da Câmara Picta. Entre as suas obras-primas estão a pintura de São Sebastião no Louvre e o Cristo Morto em Brera, Milão.

Andrea Mantegna pintava num forte estilo escultórico, tornando-se um virtuoso na aplicação da perspectiva. Era originário de Pádua, uma cidade próxima de Veneza, lugar de encontro de vários mestres florentinos como Donatello, Filippo Lippi e Paolo Uccello, cujas inovações foram posteriormente absorvidas pelos artistas venezianos. Reconhecido como um dos maiores pintores do seu tempo, Mantegna manteve a mais longa e contínua relação de um artista com uma corte renascentista. Ao longo de 46 anos, de 1460 até à sua morte, em 1506, foi o pintor oficial da família Gonzaga, senhores de Mântua. Durante este período o seu trabalho vai desde a produção de cenários teatrais e tapeçarias aos retratos e decorações para os palácios e villas de Ludovico III.