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Invasões Bárbaras

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Mensagem por Fundador 26th março 2011, 00:38

Fruto do crescimento económico, da pressão territorial e militar, do aumento da população e da procura de riqueza, os povos bárbaros levaram a cabo um prolongado processo de invasões e guerras pelos territórios romanos que resultaram na devastação do Império Romano do Ocidente.

Os bárbaros eram povos de origem germânica que ocupavam regiões no norte e nordeste da Europa e no noroeste da Ásia. Antes das invasões viveram em relativa paz com os romanos, chegando a realizar trocas comerciais com o Império. Dividiam-se em vários povos, entre os quais os borgundios, vândalos, francos, saxões, anglos, lombardos e godos. A maior parte dos povos bárbaros vivia em aldeias rurais, dedicando-se ao cultivo de cereais e à criação de gado, mas também à atividade guerreira, de forma a conseguir riqueza e alimentos.

Foi nos séculos IV e V que os principais povos bárbaros se deslocaram em direcção ao território do Império Romano, empurrados pelos hunos que vinham do Oriente, levando o medo e a destruição onde chegavam. Este processo acabou por precipitar a fragmentação do Império, que no entanto já se encontrava em decadência. Com a queda formal do Império, e o ininterrupto movimento germânico pelo continente, criou-se um clima de crise e tragédia.

Estes reinos surgidos com a desintegração do Império Romano do Ocidente, não tiveram a mesma importância nem a mesma duração. Foram em grande parte reinos efémeros, não possuindo organização administrativa eficiente, apesar do empenho de muitos líderes bárbaros em manter as instituições político-administrativas romanas.

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Mensagem por Saibot 17th agosto 2011, 17:05

No século IV, apesar da Grande Muralha, os hunos conquistaram o Norte da China. Entretanto, outro grupo, o dos hunos ocidentais, rumava na direção oposta. Em 370, depois de atravessarem os rios Volga e Don, esses hunos entraram em contato com os ostrogodos, no Sul da Rússia, e derrotaram-nos em 375. Os ostrogodos que não aceitaram submeter-se fugiram para o Ocidente e juntaram-se aos visigodos. Mas estes, pressionados pelos hunos, inimigos que julgavam incapazes de vencer, suplicaram ao imperador da parte oriental do Império Romano, Valente (364-378), permissão para ingressar nos seus domínios. Assim, cerca de 200 mil visigodos atravessaram o Danúbio, com autorização imperial, para se instalarem no território romano da Ilíria. Foi um erro de Valente. Uma vez em segurança, os visigodos marcharam em direção ao Mediterrâneo, pilhando o que encontravam pelo caminho. O imperador deu-se conta do erro e, confiante, resolveu enfrentar os visigodos em Adrianópolis, em 9 de Agosto de 378, mas o seu exército foi aniquilado pela cavalaria inimiga e ele próprio foi morto. Felizmente para os romanos, Teodósio (379-395), sucessor de Valente, impediu que os visigodos tomassem Constantinopla, forçando-os a fazer um acordo pelo qual deveriam instalar-se na Trácia como federados.

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Mensagem por Saibot 17th agosto 2011, 17:29

Com a morte de Teodósio em 395, os visigodos, chefiados por Alarico, reiniciaram os ataques, ameaçando Constantinopla. Mediante negociação diplomática, foram desviados para a Grécia, que saquearam e destruíram durante anos, sobretudo Corintío e as cidades do Peloponeso. Em 401, após novas negociações diplomáticas, as autoridades de Constantinopla fizeram com que Alarico fosse para Itália. Depois de duas tentativas infrutíferas, os visigodos cercaram a cidade de Roma, nela penetrando na noite de 24 de Agosto de 410. Durante três dias a capital do Império Romano do Ocidente foi saqueada e incendiada. No dia 27, Alarico evacuou a cidade, levando consigo reféns, entre os quais a irmã do imperador. Tomando a direção do Sul, destruiu Cápua e atingiu o estreito de Messina. De lá pretendia passar para a Sicília e tomar depois o rumo da África, onde pretendia fixar-se. Porém, a sua morte súbita, ainda naquele ano, fez os visigodos mudarem de planos.

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Mensagem por Saibot 17th agosto 2011, 18:19

Enquanto o Império estava ocupado em defender-se dos visigodos, uma série de ondas invasoras iniciava-se no Norte, o que acabaria por resultar na queda do Império Romano do Ocidente. No dia 31 de Dezembro de 406, em pleno Inverno, uma federação informal de tribos germânicas, composta por suevos, vândalos e alanos, pressionada pelos hunos, atravessou o Reno e devastou a Gália. Pela brecha aberta entraram de seguida os burgúndios, que se instalaram entre Worms e Spira, na Alemanha atual, e os alanos, que ocuparam a Alsácia. Em 409, os germânicos daquela federação passaram para Espanha. Essa província era mais pobre do que a Gália e, submetida à pilhagem, espalhou-se a fome, que dois anos depois atingiu também os invasores. Sem alternativas, os germânicos viram-se obrigados a negociar com o Império e a aceitar a condição de federados. Os suevos estabeleceram-se ao norte do rio Douro, os vândalos na região de Sevilha e os alanos no planalto central da Espanha.

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Mensagem por Saibot 17th agosto 2011, 18:52

Depois de terem atacado os germânicos na Europa oriental, provocando a grande invasão de 406, os hunos estabeleceram-se na atual Hungria, na bacia do Danúbio. O Império do Oriente temia ser atacado e, para prevenir essa eventualidade, Constantinopla comprou a paz, literalmente a peso de ouro, entregando três toneladas desse metal aos hunos, em 443. Em 450, tendo à frente um imperador com maior firmeza, Marcião (450-457), Constantinopla recusou-se a renovar o pagamento daquele tributo. Desde 439, os hunos eram governados por um rei de forte personalidade, chamado Átila. Por razões desconhecidas, sob a sua liderança os hunos renunciaram às suas pretensões no Oriente e decidiram invadir o Ocidente. Assim, pela segunda vez, Constantinopla salvou-se à custa do Império Romano do Ocidente. Contra esses invasores asiáticos formou-se no Ocidente uma forte coligação romano-bárbara. Quando os hunos chegaram à Gália, em 451, eram esperados por esse exército de forças conjugadas, que incluía alanos, burgúndios, francos, saxões e visigodos - os aliados bárbaros de Roma. Repelidos da Gália, os hunos, depois de refazerem as suas forças, voltaram a Itália, em 452, sitiando, destruindo e saqueando as suas cidades. Caminharam diretamente para Roma, cujos habitantes entraram em pânico. Para incredulidade geral, o papa Leão I tomou a iniciativa de negociar com Átila, ao qual ofereceu uma enorme riqueza para abster-se do ataque a Roma. Para surpresa de todos, Átila aceitou a oferta e retirou-se de Itália. Dois anos depois, quando se preparava para novas campanhas no Oriente, sofreu morte súbita na noite de núpcias de mais um dos seus casamentos. Com a sua morte, a unidade dos hunos desintegrou-se.

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Mensagem por Orban89 8th fevereiro 2023, 21:03

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