Napoleão III

Filho de Hortênsia de Beauharnais e de Luís Bonaparte, rei da Holanda, Napoleão III, nascido em 1808, em Paris, foi presidente da II República Francesa (1842-1852) e imperador dos franceses (1852-1870).

Líder do partido napoleónico, fez duas tentativas para derrubar o regime monárquico: a primeira foi em 1836, em Estrasburgo, onde acabou por ser levado ao exílio nos Estados Unidos e a segunda ocorreu em 1840, em Bolonha, tendo-lhe valido uma sentença de prisão perpétua no forte de Ham.

Aproveitou essa detenção para elaborar uma nova doutrina social - A Extinção do Pauperismo, 1844 - e em 1846 conseguiu evadir-se e refugiou-se em Londres.

Após a revolução que levou à queda do monarca Luís Filipe, em 1848, Napoleão III regressou a França e fez-se eleger presidente da República. Em 1851, com um golpe de Estado, declarou a dissolução da Assembleia e iniciou uma política marcadamente pessoal: pôs fim à Constituição e no ano seguinte proclamou o Império.

Apoiou países como a Inglaterra e a Turquia na Guerra da Crimeira, prestou auxílio ao movimento nacionalista italiano e fez com que Maximiliano subisse ao poder no México.

Quando saiu derrotado na guerra franco-prussiana (1870-1871) foi destituído, vindo a falecer (1873), em Inglaterra, onde se havia refugiado.

Sobrinho do Grande Napoleão, Napoleão III inaugurou o chamado Bonapartismo: a ditadura militar de um personagem carismático e populista, mas com um reconhecimento teórico da soberania popular e a utilização falseada do plebiscito. Depois do Golpe de Estado, Napoleão III obteve um sucesso relativo no desenvolvimento industrial, comercial e agrícola de França, graças às novas fórmulas bancárias. A Bolsa e o mundo financeiro geraram novas fortunas. Obtiveram-se, ainda, outros lucros devido à modernização da rede ferroviária e ao apoio à construção do Canal do Suez. No campo social, construíram-se hospitais e asilos e criou-se o direito a um sindicalismo operário limitado.