Gil Vicente
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Gil Vicente
Poeta e dramaturgo (1465-1536).
Colaborou no Cancioneiro Geral (1516) de Garcia de Resende e foi o poeta mais popular em toda a Península Ibérica no século XVI. Escreveu em português e castelhano e compôs serranilhas, cantares, letrilhas, vilancicos e glosas. O seu trabalho abrange os mais variados géneros, desde simples monólogos, à representação de novelas de cavalaria, passando pelo contexto religioso, pela sátira da sociedade portuguesa ou por outros tipos de representação como o teatro alegórico.
Escreveu 44 peças - 11 em castelhano, 16 em português e 17 nas duas línguas - sem contar com as que se perderam. Entre as suas obras mais conhecidas conta-se o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro (1502), o Auto da Índia (1509), o Auto da Alma, o Auto da Barca do Inferno (1517) e a Floresta dos Enganos (1536), a última peça que levou ao palco. Toda a sua obra é fruto de excepcional instinto dramático, constituindo a galeria mais completa de vultos representativos da sociedade portuguesa do seu tempo.
Serviu D. João II, tendo sido escritor predileto da rainha D. Leonor, que foi sua protetora. Em 1502, no paço, foi possível assistir ao primeiro grande evento da celebração da obra de Gil Vicente, quando foi apresentado o Auto da Visitação. Pelos serviços prestados a D. Manuel, tornou-se vassalo do rei em 1511. Ao longo de mais de três décadas, animou a corte portuguesa, onde apresentou os seus autos.
Ao longo dos anos surgiram diversas especulações sobre a identificação do autor com um ourives com o mesmo nome, que elaborou a Custódia de Belém (1506), uma das mais preciosas jóias portuguesas de cariz religioso. Sendo ou não a mesma pessoa, certo é que se está perante dois talentos, com presença marcante na história nacional, em duas áreas completamente distintas.
Na escrita, a obra do autor pode ser considerada um retrato vivo da sociedade portuguesa dos inícios do século XVI. A nível pessoal, pode referir-se que o dramaturgo foi casado por duas vezes e teve cinco filhos, entre os quais os mais conhecidos e cultos foram Paula e Luís.
Colaborou no Cancioneiro Geral (1516) de Garcia de Resende e foi o poeta mais popular em toda a Península Ibérica no século XVI. Escreveu em português e castelhano e compôs serranilhas, cantares, letrilhas, vilancicos e glosas. O seu trabalho abrange os mais variados géneros, desde simples monólogos, à representação de novelas de cavalaria, passando pelo contexto religioso, pela sátira da sociedade portuguesa ou por outros tipos de representação como o teatro alegórico.
Escreveu 44 peças - 11 em castelhano, 16 em português e 17 nas duas línguas - sem contar com as que se perderam. Entre as suas obras mais conhecidas conta-se o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro (1502), o Auto da Índia (1509), o Auto da Alma, o Auto da Barca do Inferno (1517) e a Floresta dos Enganos (1536), a última peça que levou ao palco. Toda a sua obra é fruto de excepcional instinto dramático, constituindo a galeria mais completa de vultos representativos da sociedade portuguesa do seu tempo.
Serviu D. João II, tendo sido escritor predileto da rainha D. Leonor, que foi sua protetora. Em 1502, no paço, foi possível assistir ao primeiro grande evento da celebração da obra de Gil Vicente, quando foi apresentado o Auto da Visitação. Pelos serviços prestados a D. Manuel, tornou-se vassalo do rei em 1511. Ao longo de mais de três décadas, animou a corte portuguesa, onde apresentou os seus autos.
Ao longo dos anos surgiram diversas especulações sobre a identificação do autor com um ourives com o mesmo nome, que elaborou a Custódia de Belém (1506), uma das mais preciosas jóias portuguesas de cariz religioso. Sendo ou não a mesma pessoa, certo é que se está perante dois talentos, com presença marcante na história nacional, em duas áreas completamente distintas.
Na escrita, a obra do autor pode ser considerada um retrato vivo da sociedade portuguesa dos inícios do século XVI. A nível pessoal, pode referir-se que o dramaturgo foi casado por duas vezes e teve cinco filhos, entre os quais os mais conhecidos e cultos foram Paula e Luís.
Fundador- Administrador
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Re: Gil Vicente
É considerado o primeiro grande dramaturgo português e também o mais importante. Nasceu em 1465 e terá morrido, provavelmente, em 1537. De 1502 a 1536, Gil Vicente produziu mais de quarenta peças de teatro, chegando a publicar algumas delas em vida. No entanto, só em 1562 é que o seu filho Luís Vicente publicou toda a sua obra, onde estavam incluídas as suas peças mais conhecidas: Auto da Índia (1509), Auto da Barca do Inferno (1517) e Farsa de Inês Pereira (1523). A sua obra é o reflexo da mudança da Idade Média para o Renascimento. É importante referir que também colaborou, como poeta, no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.
Saibot- Membro Regular
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Re: Gil Vicente
Após o terramoto de 20 de Janeiro de 1531, que destruiu uma boa parte de Lisboa, do Alentejo e do Algarve, alguns religiosos culparam os cristãos-novos (judeus convertidos) pela tragédia, mas Gil Vicente defendeu-os e chegou mesmo a escrever uma carta a D. João III onde culpava os pregadores de aterrorizar o povo com as suas ideias. Para Gil Vicente, o terramoto foi uma catástrofe natural, a mesma opinião que o Marquês de Pombal, 224 anos mais tarde, iria ter quanto ao terramoto de 1755. Apesar de Gil Vicente ter defendido os cristãos-novos, cinco anos após o terramoto, em 1536, a Inquisição era instalada em Portugal.
Saibot- Membro Regular
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