Massacre do Templo Maior

O massacre do Templo Maior foi um dos episódios mais tristes da conquista das Américas. Os espanhóis, sob o comando provisório de Pedro de Alvarado, massacraram a maioria da nobreza asteca, enquanto estes, desarmados, celebravam uma cerimónia aos deuses. Não se sabe quantos astecas foram chacinados, mas o número encontra-se provavelmente nas dezenas ou mesmo centenas.

Hernán Cortés pagou a fatura da crueldade de Pedro de Alvarado mais tarde, quando o povo asteca decidiu vingar-se cercando o palácio onde Montezuma II estava em cativeiro. O resultado foi uma noite de combate, onde centenas de espanhóis e milhares de indígenas morreram.

Alguns indígenas descreveram da seguinte forma o massacre do Templo Maior:

"Nesse momento todos [os espanhóis] esfaqueiam, lanceiam a gente e cortam-nos, com as espadas os ferem. A alguns atacaram-nos por trás; imediatamente caíram dispersas por terra as suas entranhas. A outros arrancaram-lhes a cabeça, fatiaram-lhes a cabeça, totalmente feita em pedaços ficou a sua cabeça.

Mas a outros golpearam-nos nos ombros: como gretas, os corpos ficaram despedaçados. Àqueles ferem nas coxas, a estes nas canelas, aos que estão mais além em pleno abdómen. Todas as entranhas caíram por terra e havia alguns que, em vão, ainda corriam: arrastavam os intestinos e pareciam enredar-se neles os seus pés. Desejosos de pôr-se a salvo, não encontravam para donde dirigir-se."