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Batalha de Alésia

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Batalha de Alésia Empty Batalha de Alésia

Mensagem por Fundador 13th agosto 2011, 18:23

Na Batalha de Alésia, em 52 a.C., os Romanos, liderados por Júlio César, venceram os Gauleses, liderados por Vercingétorix.

Superando em número aos romanos, na proporção de cinco para um, a dominação gaulesa parecia factível, sem esquecer que os gauleses já dominavam a fortificada cidade de Alésia. Mas Julio César, que acreditava apenas em realizações e não em estimativas, reforçou sua fortaleza com uma segunda muralha; quando os gauleses tentaram bloquear sua construção, Julio César ordenou levantar una terceira muralha, cercando os gauleses dentro do território romano. A isso se seguiu uma cruel e aterradora luta entre ambos os povos, que conseguiu acabar com as reservas e a paciência de todos. Milhares morreram de ambos os lados, mas Júlio César, assumindo seu temperamento de ditador, não apenas derrotou seus adversários gauleses, mas também avançou sobre seus domínios, abandonados.


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Batalha de Alésia Empty Re: Batalha de Alésia

Mensagem por Saibot 14th agosto 2011, 00:59

Estamos em meados de Agosto de 52 a.C. Começa um dos cercos mais célebres da história. Irá durar quarenta dias. Alésia terá, na Antiguidade, uma ressonância tão grande como, para o mundo moderno, Dien Bien Phu. "Ao redor de Alésia, ocorreram tamanhas coisas que ousá-las dificilmente seria proeza de um homem, realizá-las obra de quase ninguém, exceto um deus" (Velleius Paterculus, II, 47, 1). Deixemos os especialistas disputar o seu local exato. O que importa é que o refúgio se transformou em armadilha, mercê da rapidez de César. Ainda ontem vencido, agarra a ocasião no ar: naturalmente fortificado, o planalto de Alésia podia, no entanto, ser cercado, porque não está encostado à montanha. Servindo-se das colinas circundantes, César, não obstante as surtidas dos sitiados, consegue rodear em escassas semanas o ópido céltico de uma circunvalação com 15 km de percurso, munida de redutos e de linhas de armadilha. A aptidão do legionário para se transformar em cabouqueiro, em carpinteiro, e em largar a pá e o machado para voltar a pegar na espada, faz fracassar cada tentativa de saída do inimigo. Todavia, antes da conclusão dos trabalhos do cerco, o chefe gaulês consegue a proeza de mandar transpor de noite, nas barbas dos Romanos, as linhas inimigas com os seus cavaleiros agora inúteis, tendo por missão reunir, o mais rapidamente possível, um exército que esmagaria os soldados de César "fixados" em Alésia, e cujas linhas perigosamente estendidas podiam, ao que parece, ser facilmente vencidas.

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Batalha de Alésia Empty Re: Batalha de Alésia

Mensagem por Saibot 14th agosto 2011, 01:25

Entretanto, os 80 mil defensores do local, esgotados dos combates e da fome, conseguiram resistir, mesmo à custa de medidas atrozes: renunciando ao recurso do canibalismo, expulsaram do ópido as bocas inúteis - mulheres, crianças, velhos - que os dois exércitos, sem hesitar, ficaram a ver agonizar longamente na terra de ninguém entre as linhas. Também quando, nas primeiras brumas do Verão que acabava, a 20 de Setembro, as sentinelas viram subir, ao fundo do horizonte, a maré humana de 260 mil Gauleses do exército de socorro, não tiveram mais dúvidas de que finalmente acabariam com os Romanos. O que podiam fazer 50 mil legionários apanhados entre os sitiados que lutavam com a energia do desespero e os guerreiros inumeráveis recrutados entre todos os povos da Gália? A batalha para libertar Alésia durou quatro dias. Os Gauleses desencadearam três ataques maciços: o primeiro, conduzido por aquele que será o último "resistente" gaulês, Commios, o Atrébate, foi repelido pela cavalaria germana - manifestamente de extrema utilidade! Os legionários, entrincheirados, repeliram o segundo. O terceiro por pouco não foi "de vez": sem a presença de espírito de um lugar-tenente de César (de que mais tarde se irá falar muito), Marco António, terminaria em catástrofe com as coortes a levantarem-se antecipadamente do lado de fora da brecha aberta pelo inimigo no dispositivo romano encurralado, e as linhas romanas teriam sido logo submersas.

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Mensagem por Saibot 14th agosto 2011, 01:49

César, com a sua capa vermelha de general, teve de atacar pessoalmente, com as suas últimas reservas de cavalaria, para repor a situação, in extremis. Na noite de 25, esgotados por quatro dias de ataques ininterruptos, os legionários viram com um imenso alívio o exército gaulês retroceder em desordem, deixando para trás dezenas de milhares de cadáveres cujo fedor chegava aos sitiados desesperados. Um luar magnífico permitiu à cavalaria romana dar-se ao luxo de exterminar os retardatários. Acabara. Um mês e meio depois do começo do cerco, tendo Vercingétorix convocado uma assembleia, anunciou a sua decisão de se entregar a César, a fim de poupar aos sitiados um destino ainda mais atroz. Não se pode deixar de louvar o sentido de responsabilidade do chefe gaulês. Em vão, diga-se de passagem, pois, excetuando os Éduos e os Arvenos, ou Gauleses de Alésia serão todos entregues, um por um, como escravos, aos soldados romanos. A cena da rendição de Vercingétorix ficou célebre... e foi cumulada de posteriores adornos! Na sua simplicidade original, não deixa de ser bela: aos pés de César sentado no seu tribunal (estrado de comando), no seu lugar de pró-cônsul, coberto por um manto púrpura, não só Vercingétorix, em grande porte de nobre celta, mas atrás dele, e por ordem de distinção, todos os Gauleses vieram, em longas filas enquadrados por legionários, depositar as suas armas e as suas jóias de guerreiros, num amontoado impressionante.

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Mensagem por Saibot 14th agosto 2011, 02:05

César não diz uma palavra sobre o destino de Vercingétorix: para além de A Guerra das Gálias terminar em Alésia e não lhe assistirem as mesmas razões que a nós para se interessar pelo destino final do chefe gaulês, viu-se logo arrastado para a guerra civil contra Pompeu. A vitória de César sobre as Gálias só poderá ser comemorada seis anos mais tarde, no Verão de 46; durante todo este tempo, o chefe gaulês apodrecerá na prisão, em Roma. Após a derradeira humilhação de desfilar acorrentado no triunfo de César, será estrangulado na sua cela e o seu corpo atirado para a fossa pública. Menos de dois anos mais tarde, o seu vencedor, cravado com vinte punhaladas em pleno Senado, segui-lo-á na morte. O mito de Vercingétorix, como herói fundador do sensacionalismo francês, terá de esperar dezanove séculos para nascer. O de César começa logo, com a aparição da sua alma divinizada, sob a forma de um cometa, no céu de Roma.

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