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A Gaia Ciência

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Mensagem por Fundador 1st julho 2011, 22:34

Friedrich Nietzsche

Aurora é um livro afirmativo, profundo, mas claro e gracioso. Acontece o mesmo, e até em grau mais alto, com a Gaia Ciência: profundidade e petulância quase de frase a frase caminham de mãos dadas. Numa estrofe se exprime o reconhecimento pelo maravilhoso mês de Janeiro que então vivi - todo o livro é sua dádiva - e se revela muito bem a profundidade desde a qual foi dado ao saber tornar-se jocundo:

Com tua espada de fogo,
despedaçaste o gelo da minha alma,
e esta já corre ao mar da alta esperança
como corre a torrente impetuosa:

mais puro, grau a grau, e mais saudável,
deslumbrante de alegria e liberdade,
louva-te dos teus dons maravilhosos,
Janeiro propício!
Quem pode ficar incerto sobre o que significa «a alta esperança» ao vê-la brilhar no fim do quarto livro com a beleza diamantina das primeiras palavras de Zaratustra? E haverá quem entenda as frases lapidares do fim do terceiro livro, com as quais se alcançou pela primeira vez a expressão incisiva do destino para todos os tempos?

As Canções do príncipe Volgefrei, compostas na sua maior parte na Sicília, recordam muito acentuadamente o conceito provençal da gaya scienza, com aquela união de menestrel, de cavaleiro e de espírito livre que distingue a maravilhosa e precoce cultura da Provença de todas as culturas equívocas: e especialmente o último poema, Para o Mistral, exuberante canção de dança, na qual, com a devida vénia se dança muito para além da moral, é uma feliz realização de provençalismo.

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