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D. Inês de Castro

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D. Inês de Castro Empty D. Inês de Castro

Mensagem por Fundador 5th junho 2011, 23:07

D. Inês de Castro Ines_de_castro%5B1%5D
Fidalga galega (1320-1355), era filha natural de Pedro Fernandez de Castro, mordomo-mor de Afonso XI de Castela, e de D. Aldonça Pais de Valadares.

Tendo a sua família alguma influência política nos reinos de Castela e Aragão, chegou a Portugal, em 1340, como dama de D. Constança, noiva do futuro rei D. Pedro I. A invulgar formosura de D. Inês impressionou de imediato o príncipe, que por ela se veio a apaixonar profundamente. A relação amorosa originou um escândalo na corte, sendo D. Inês obrigada a fixar-se no Castelo de Albuquerque, na fronteira com Espanha.

Regressada a Portugal depois da morte de D. Constança (1345), passou então a viver maritalmente com o príncipe, a quem daria quatro filhos. Contudo, a crescente influência dos irmãos de D. Inês sobre o futuro monarca não agradava aos portugueses. Temia-se, por um lado, um futuro domínio dos Castros na política portuguesa e, por outro, a possibilidade de os filhos nascidos daquela relação poderem vir a ascender ao trono português, em detrimento de D. Fernando, filho legítimo de D. Pedro.

O resultado seria a impressionante morte de D. Inês (7 de Janeiro de 1355), ordenada por D. Afonso IV, e levada a cabo pelo meirinho-mor Álvaro Gonçalves e dos fidalgos Pedro Coelho e Diogo Lopes Pacheco. Depois da execução, D. Pedro revoltou-se contra o pai e com o apoio de alguns fidalgos, designadamente os irmãos de D. Inês, D. Álvaro e D. Fernando Pires de Castro, deu origem à guerra civil de 1355-1356, que terminaria por influência da rainha-mãe, D. Beatriz.

Quando ascendeu ao trono, em 1357, D. Pedro vingou o assassínio de D. Inês, castigando implacavelmente os antigos conselheiros de seu pai. Por outro lado, em 1360, jurou perante a Corte ter casado com ela secretamente, dando assim a D. Inês o estatuto de rainha póstuma.

Inicialmente sepultada em Coimbra, a 2 de Abril de 1361 fez-se a transladação do seu corpo do Mosteiro de Santa Clara para o Mosteiro de Alcobaça, onde se encontra também o túmulo de D. Pedro.

Ao longo dos anos, os amores proibidos de D. Pedro e D. Inês, a morte trágica desta e a vingança têm inspirado escritores, compositores e artistas plásticos.

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Mensagem por Saibot 12th agosto 2011, 15:03

"Estando el-rei em Montemor-o-Velho, concluindo já e consentindo na morte da dita D. Inês, acompanhado de muita gente armada se veio a Coimbra, onde ela estava nas casas do Mosteiro de Santa Clara. A qual, sendo avisada da ida de el-rei e da irosa e mortal tenção que contra ela levava, achando-se salteada, para se não poder já salvar por alguma maneira, o veio receber à porta. Onde, com o rosto transfigurado, e por escudo de sua vida, para sua inocência achar na ira de el-rei alguma mais piedade, trouxe entre si os seus três inocentes infantes seus filhos, netos de el-rei, com cuja presentação e com tantas lágrimas e com palavras assim piedosas pediu misericórdia e perdão a el-rei. E que ele, vencido dela, se diz que se volvia e a deixava já para não morrer como levava determinado. E que alguns cavaleiros, que com el-rei iam para a morte dela, logo entraram. E principalmente Diogo Lopes Pacheco, filho de Lopo Fernandes Pacheco, senhor de Ferreira, e Álvaro Gonçalves, meirinho-mor, e Pedro Coelho, quando assim viram sair el-rei, com que já revogava sua sentença, agravados dele por a pública determinação com que os ali trouxera, e pelo grande ódio e mortal perigo em que daí em diante com ela e com o infante D. Pedro os deixava, lhe fizeram dizer e consentir que eles tornassem, a matar D. Inês se quisessem. A qual por isso logo mataram." (Crónica de D. Afonso V)

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Mensagem por Saibot 12th agosto 2011, 15:27

A notícia da morte de D. Inês enfureceu D. Pedro. Logo teve partidários que o acompanharam na rebelião e o ajudaram a levantar um exército no Norte do país, ao mesmo tempo que os Castros surgiam da Galiza com tropas. As forças reunidas atravessaram Entre Douro e Minho, assolando as terras dos nobres que intervieram no caso, e pretenderam fazer do Porto o baluarte da resistência contra o rei D. Afonso IV. O rei, que partiu para o Norte com a hoste, chegara a Guimarães, quando soube que o filho rebelde sitiava o Porto. Mas D. Pedro levantou o cerco ao saber que a hoste régia se aproximava, e dirigiu-se a Canaveses, onde se encontrava a rainha. D. Beatriz procurou reconduzi-lo à obediência, e, a 15 de Agosto de 1355, celebrava-se um acordo entre o monarca e o herdeiro do trono, prestando este juramento de tudo esquecer e perdoar, comprometendo-se a não perseguir os inimigos da véspera. A guerra civil durara de Janeiro a Agosto. Se acreditarmos no cronista Acenheiro, foram tantas as mortes e as assolações que os povos de Portugal fizeram ouvir as suas queixas - "disseram que se conviessem, senão que os não podiam sofrer". O rei D. Afonso IV pouco sobreviveu a estes acontecimentos. Morreu a 28 de Maio de 1357.

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Mensagem por Saibot 12th agosto 2011, 15:53

Em 1360, D. Inês de Castro foi vingada por D. Pedro. Após um acordo entre este e o rei D. Pedro I de Castela, foram entregues à justiça do país vizinho os que andavam foragidos em Portugal, e que o rei de Castela logo mandou torturar e matar. Em troca, recebeu o monarca português dois dos conselheiros culpados da morte de Inês, que se tinham refugiado em Castela: Álvaro Gonçalves e Pero Coelho. Diogo Lopes Pacheco lograra escapar à justiça castelhana e à sorte que o esperava em Portugal, a sorte que coube aos dois nobres extraditados: foram levados a Santarém, onde estava D. Pedro, que os condenou a uma pena "mui estranha e crua", no dizer do cronista. Mandou arrancar-lhes os corações, a Pero Coelho pelo peito, a Álvaro Gonçalves pelas costas, depois do que os queimaram a ambos. A sentença executou-se defronte do paço, de modo que o rei pôde assistir a tudo enquanto comia. Mais tarde provou-se a inocência de Pacheco, o fugitivo, que por vezes mandara prevenir D. Pedro dos desígnios de seu pai.

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Mensagem por Fundador 11th fevereiro 2012, 16:50

Mais informações sobre Inês de Castro em Reinado de D. Pedro I

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