Infante D. Henrique
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Infante D. Henrique
Infante de Portugal (1394-1460), era filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre.
Figura universal, foi um homem calmo, nos gestos e na fala e, ao mesmo tempo, firme e determinado. Com 21 anos, o pai confiou-lhe a organização da frota concentrada no Porto para a expedição a Ceuta, tendo-se destacado na conquista desta praça marroquina (1415). Demonstrou coragem e empenho, factores que em muito contribuíram para a vitória lusa. Por isto, juntamente com os seus irmãos D. Duarte e D. Pedro, foi armado cavaleiro. Tornou-se, depois, duque de Viseu e senhor da Covilhã. Em 1416, o pai incumbiu-o de administrar o dinheiro necessário à defesa de Ceuta, a partir de Portugal. Durante o primeiro cerco muçulmano de grande envergadura a Ceuta, não se demoveu das suas responsabilidades e partiu para esta praça com o comando de uma expedição de apoio. Em 1420 foi investido por Martinho V como governador da Ordem de Cristo, ficando assim com valiosos recursos para a realização do seu sonho expansionista.
Ao lançar-se na exploração dos mares, tinha a intenção de defender a costa Sul do país, sendo os seus interesses essencialmente de ordem religiosa, política e económica. Para melhor preparação técnica dos marinheiros e para arquivo dos conhecimentos obtidos, rodeou-se de peritos, tendo, inclusive, reorganizado os estudos da Universidade de Lisboa, introduzindo a Matemática e a Astronomia. Apesar do pai lhe ter negado préstimos na conquista de Gibraltar, não desistiu e criou uma armada particular de corso para tal fim. Foi o primeiro donatário das ilhas dos Açores e da Madeira e recebeu o monopólio da pesca de atum (Algarve). Impulsionou a fracassada expedição a Tânger (1437), que teve como grave consequência o facto de o irmão D. Fernando ter ficado cativo à mercê dos muçulmanos. A partir desta altura, as viagens de exploração de territórios também sofreram um certo abrandamento, para voltarem a ganhar força em 1441.
Quando D. Duarte faleceu, esteve ao lado do irmão D. Pedro e apoiou-o quando assumiu a regência, tendo, em troca, recebido diversas mercês, tais como a exclusividade da exploração comercial dos territórios a sul do Bojador. Posteriormente, colocou-se ao lado do sobrinho, D. Afonso V, durante a luta que este travou com D. Pedro a propósito da permanência na regência. A contenda acabou por ter um desfecho trágico, com a morte de D. Pedro durante a Batalha de Alfarrobeira (1449) que opôs sobrinho e tio. Acabou por receber a recompensa pelo seu posicionamento, pois o sobrinho entregou-lhe, por exemplo, as ilhas Berlengas e Baleal e o exclusivo da pesca de coral. Recorde-se ainda que, em 1457, participou na conquista de Alcácer Ceguer.
Para além das expedições em que o infante participou, muitas houve que tiveram lugar às suas ordens. O interesse pelos territórios de além-mar levou-o a viver grande parte da vida em Lagos e em Sagres. Vários séculos após a morte do infante D. Henrique, a sua figura continua a apaixonar historiadores, pintores e artistas plásticos, que traçam novas linhas na sua figura e na sua personalidade. De qualquer forma, e apesar de ter recebido rasgados elogios, por exemplo, de Gomes Eanes da Zurara, e de, à sua época, ser afamado no estrangeiro, nem todos os historiadores são peremptórios quanto à importância do papel do infante D. Henrique nas expedições marítimas. Certo é que o êxito das suas primeiras expedições conduziu Portugal à empresa dos Descobrimentos.
Figura universal, foi um homem calmo, nos gestos e na fala e, ao mesmo tempo, firme e determinado. Com 21 anos, o pai confiou-lhe a organização da frota concentrada no Porto para a expedição a Ceuta, tendo-se destacado na conquista desta praça marroquina (1415). Demonstrou coragem e empenho, factores que em muito contribuíram para a vitória lusa. Por isto, juntamente com os seus irmãos D. Duarte e D. Pedro, foi armado cavaleiro. Tornou-se, depois, duque de Viseu e senhor da Covilhã. Em 1416, o pai incumbiu-o de administrar o dinheiro necessário à defesa de Ceuta, a partir de Portugal. Durante o primeiro cerco muçulmano de grande envergadura a Ceuta, não se demoveu das suas responsabilidades e partiu para esta praça com o comando de uma expedição de apoio. Em 1420 foi investido por Martinho V como governador da Ordem de Cristo, ficando assim com valiosos recursos para a realização do seu sonho expansionista.
Ao lançar-se na exploração dos mares, tinha a intenção de defender a costa Sul do país, sendo os seus interesses essencialmente de ordem religiosa, política e económica. Para melhor preparação técnica dos marinheiros e para arquivo dos conhecimentos obtidos, rodeou-se de peritos, tendo, inclusive, reorganizado os estudos da Universidade de Lisboa, introduzindo a Matemática e a Astronomia. Apesar do pai lhe ter negado préstimos na conquista de Gibraltar, não desistiu e criou uma armada particular de corso para tal fim. Foi o primeiro donatário das ilhas dos Açores e da Madeira e recebeu o monopólio da pesca de atum (Algarve). Impulsionou a fracassada expedição a Tânger (1437), que teve como grave consequência o facto de o irmão D. Fernando ter ficado cativo à mercê dos muçulmanos. A partir desta altura, as viagens de exploração de territórios também sofreram um certo abrandamento, para voltarem a ganhar força em 1441.
Quando D. Duarte faleceu, esteve ao lado do irmão D. Pedro e apoiou-o quando assumiu a regência, tendo, em troca, recebido diversas mercês, tais como a exclusividade da exploração comercial dos territórios a sul do Bojador. Posteriormente, colocou-se ao lado do sobrinho, D. Afonso V, durante a luta que este travou com D. Pedro a propósito da permanência na regência. A contenda acabou por ter um desfecho trágico, com a morte de D. Pedro durante a Batalha de Alfarrobeira (1449) que opôs sobrinho e tio. Acabou por receber a recompensa pelo seu posicionamento, pois o sobrinho entregou-lhe, por exemplo, as ilhas Berlengas e Baleal e o exclusivo da pesca de coral. Recorde-se ainda que, em 1457, participou na conquista de Alcácer Ceguer.
Para além das expedições em que o infante participou, muitas houve que tiveram lugar às suas ordens. O interesse pelos territórios de além-mar levou-o a viver grande parte da vida em Lagos e em Sagres. Vários séculos após a morte do infante D. Henrique, a sua figura continua a apaixonar historiadores, pintores e artistas plásticos, que traçam novas linhas na sua figura e na sua personalidade. De qualquer forma, e apesar de ter recebido rasgados elogios, por exemplo, de Gomes Eanes da Zurara, e de, à sua época, ser afamado no estrangeiro, nem todos os historiadores são peremptórios quanto à importância do papel do infante D. Henrique nas expedições marítimas. Certo é que o êxito das suas primeiras expedições conduziu Portugal à empresa dos Descobrimentos.
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Re: Infante D. Henrique
Infante D. Henrique, o Navegador (1394-1460), filho de D. João I, passou em 1415 a dirigir os Descobrimentos, fundando a Escola de Sagres, onde se formaram as tripulações que levaram a cabo a exploração marítima. O grande objetivo do Infante era fortalecer a presença portuguesa nas terras do Norte de África e encontrar o caminho para Oriente, alcançando a origem das especiarias. Pretendia localizar, alcançar e fazer aliança com o Preste João das Índias. Este rei, figura lendária do imaginário desta época, seria o soberano de um reino cristão africano que o Infante queria ter como aliado na luta contra os mouros. É da sua época a construção da primeira caravela, barco fundamental para a travessia atlântica.
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