Data do nascimento de Jesus

Ao longo do tempo foram propostas várias datas para o nascimento de Jesus de Nazaré, mas em regra essas propostas seguem mais os mitos populares e crenças religiosas do que o método científico que atualmente é aplicado no estudo da História. Neste artigo aplico o método científico.

Sabemos que Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o Grande, que na altura governava a Judeia, uma província romana. Esse rei faleceu em 4 a.C., e por isso Jesus nasceu antes dessa data.

É do conhecimento comum que os pais de Jesus foram para Belém, onde ele veio a nascer, durante um recenseamento que tinha sido ordenado por o imperador Augusto. Um dia depois de Jesus nascer, José, o seu pai adotivo, levou a família para efetuar o recenseamento, incluíndo o recém-nascido Jesus. Precisamos então de saber quando ocorreu esse recenseamento no Império Romano.

Os registos governamentais de Roma indicam que o recenseamento teve lugar no ano 8 a.C., quatro anos antes de Herodes, o Grande, morrer, mas que na Judeia, devido à resistência do povo judeu, o processo atrasou-se um ano, realizando-se apenas em Agosto de 7 a.C. Em Belém, o recenseamento ocorreu de 10 a 24 de Agosto, e por isso Jesus só pode ter nascido entre 9 a 23 de Agosto.

Sabemos que os judeus têm de apresentar os seus recém-nascidos no Templo mais próximo (algo parecido com o batismo no Cristianismo) no espaço de 21 dias após o nascimento, e sabemos, através da Bíblia, que Maria e José apresentaram Jesus no segundo sábado do mês seguinte, dia 11 de Setembro, no Templo de Zacarias. Reduzindo 21 dias, que é o máximo que podemos reduzir, chegamos à data de 21 de Agosto, podendo, no entanto, Jesus ter nascido no dia 22 ou 23, porque não sabemos se a sua família se recenseou no antepenúltimo, penúltimo ou último dia do período de recenseamento em Belém.

Sendo assim, se nos basearmos em factos históricos, chegamos à conclusão que Jesus de Nazaré nasceu entre 21 a 23 de Agosto de 7 a.C.

Não tem nada a ver com o 25 de Dezembro, agora era descobrir o motivo por detrás dessa alteração (significativa) de data...

Foi proposta a data de 25 de Dezembro durante o Primeiro Concílio de Niceia, que ocorreu no ano de 325. Essa era a data de "nascimento" do Deus Sol Invictus (Deus dos soldados romanos) e do Deus Mitra. Como os romanos estavam habituados a essa data para festividades religiosas, a Igreja tomou-a para o nascimento de Jesus.

Foi uma forma de evangelizar os romanos lentamente

Foi uma forma de os acalmar e aceitar completamente a nova religião. A grande maioria deles já eram cristãos, pelo que foi fácil.

Foi só juntar o útil ao agradável

Jesus - A História do Nascimento

Uma família. Uma jornada. Uma criança que mudaria o mundo para sempre.

Jesus - A História do Nascimento relata a jornada do jovem casal Maria e José, e a história que definiu o nascimento de Jesus. Numa dramática e perigosa viagem da cidade de Nazareth a Belém, cidade natal de José, por ordem do censo, realizado pelo Rei Herodes. Numa travessia de mais de 200 km, por um terreno árido, agravado pelo fato de Maria estar grávida de 9 meses.

Jesus - A História do Nascimento é uma superprodução, com locações na Itália e no deserto do Marrocos, que irá emocionar e lembrar a todos, a verdadeira história do primeiro Natal.

Jesus Cristo nunca Existiu

Interessante o artigo em http://ateus.net/artigos/critica/jesus-cristo-nunca-existiu/

Jesus Cristo nunca Existiu - Prefácio

Por Maria Ribeiro

Tenho a satisfação de recomendar ao público a presente obra, escrita sob o título "Jesus Cristo Nunca Existiu", de La Sagesse, em cujo conteúdo o autor revela o seu pensamento de modo fiel e sem reticências a respeito de tão delicado assunto. Embora seja este o seu primeiro trabalho publicado, o autor revela-se um escritor em potencial, de quem muito ainda se pode esperar. Diante da necessidade sempre crescente da verdade, encetou a presente obra para doar à humanidade a sua contribuição de natureza cultural, querendo apenas cumprir o seu dever de informar, perante si próprio e perante os homens.

Aos oportunistas pouco importa se sob a palavra sonora se oculta a hipocrisia e a mentira. Contudo, para os espíritos puros e corajosos, para os quais os interesses particulares não devem sobrepor-se aos anseios do povo, mister se faz que a verdade surja em toda a sua plenitude, deitando por terra toda a fraude e mistificação. Este é um livro corajoso, concebido sem a preocupação de agradar ou desagradar, não importando se suscetibilidades são feridas pelo que aqui está exposto. O seu intuito é exclusivamente patentear as provas inequívocas de falsificação e mistificação, as quais foram impostas aos homens a ferro e fogo, durante séculos.

No decurso da obra, são reveladas todas as ideias da Igreja como realmente são: a mais pútrida e falsa amoedação que pode haver, capaz de desprezar a natureza e os valores naturais. Constituiu-se a Igreja em verdadeiro parasita do homem crente, a verdadeira tarântula através da qual o clero que se constitui em uma minoria privilegiada vem sugando e envenenando sem parar o sangue e a vida daqueles que, iludidos por falsas promessas, mantêm os olhos fechados para a realidade da vida e das coisas.

Em todo o tempo, a meta principal da Igreja é tornar o homem o mais desgraçado possível, daí a ideia do pecado e da culpabilidade, para criar uma raça de escravos e de castrados de pensamento. Assim, tolhida a sua liberdade de pensamento, torna-se presa fácil e maleável nas mãos da Igreja. O temor dos castigos eternos, prometidos para os que se insurgem contra os ensinamentos da Santa Igreja, impede o homem crente de duvidar sequer do que a mesma lhe incute no espírito como verdade. Só o homem que consegue vencer a barreira do temor e da ignorância goza realmente de uma liberdade plena que poderá torná-lo feliz.

Apesar de haver uma acentuada liberalidade existente em nossos dias, ainda é pequeno o número dos que sacodem o jugo opressor, libertando-se da tutela hostil e interesseira da Igreja, de seus dogmas e vãs promessas. E é bem menor ainda o número dos que têm a coragem de proclamar em altas vozes o seu pensamento, liberto dos preconceitos religiosos que subjugam o homem.

Felizmente, La Sagesse faz parte deste círculo restrito, para quem a verdade e o bem estar do homem estão acima de qualquer coisa e dependem em muito de sua liberdade. A própria bondade do homem deve revelar-se por si só, e não porque a ela seja constrangido, porquanto assim perderá a sua verdadeira característica, passando a ser um ato subalterno, sem nenhum valor moral.

Não se omite a esta altura a homenagem que faz jus a quem não economizou esforços no sentido de patentear a verdade, antes se multiplicou em cuidados para fornecer aos leitores uma obra capaz de despertar o interesse pelo seu real valor e critérios adotados. O autor possui uma vasta obra literária ainda inédita, que deverá vir a público oportunamente.

Como disse o Carlos Costa, o dia em que hoje se celebra o nascimento de Cristo foi estabelecido no Primeiro Concílio de Niceia.
Como o Cristianismo tinha sido implantado recentemente, a celebração dos cultos cristãos teve imensas influências pagãs. Isso foi feito propositadamente com o intuito de facilitar a aculturação dos não cristãos ao cristianismo, não fazendo mudanças radicais.

Como sabemos, os rituais pagãos prestam culto à Natureza, aos seus fenómenos e seus elementos. Cristo, "aquele que dá a vida", "aquele que ilumina", "que vive nos céus" é uma adaptação do deus mais poderoso de qualquer religião pagã da época, o Sol. Então fenómenos regulares como o solstício (dia a partir do qual os dias começam a crescer) que pode representar o Natal (embora com alterações mais complexas de astronomia que não irei aqui explicar), ou seja, o nascimento do Sol; para os pagãos continuarem a prestar culto ao solstício de verão, já temos outra festividade católica: o dia de S. João.

Portanto, o que queria dizer que a questão das datas na religião é directamente influenciada pelo paganismo.
Mas o dia exacto do seu nascimento é um pouco complicado e incerto. Durante a dominação do Império Romano, a burocracia nas provincias não era tão rigorosa como em Roma, ainda mais desta província da Judeia que era rebelde, o que dificulta as provas em registos de nascimento.

Além disso, primeiro questiono-me a mim próprio se ele terá mesmo existido.
Como entidade divina, não acredito, pois qualquer pessoa com o mínimo de curiosidade e vontade de saber mais, consegue ver as provas da alienação de que a populaçao europeia e não só foi alvo durante séculos.

Embora seja agnóstico, respeito os teístas, de qualquer religião que seja, como também gosto que me respeitem.
Se Cristo realmente existiu, considero-o um dos maiores filósofos de todos os tempo e muito humanista, muito inovador para a época, fora a vertente religiosa.
Porém os seus ensinamentos foram profundamente adulterados para o oposto do original. Já nem falo da Igreja Católica. Falo mesmo de S. Paulo e S. Pedro, que poluíram e rasgaram a pureza do Cristianismo até aos dias de hoje.

pikayeah escreveu:Falo mesmo de S. Paulo e S. Pedro, que poluíram e rasgaram a pureza do Cristianismo até aos dias de hoje.

Podemos mesmo dizer que o Cristianismo, tal como o conhecemos, foi fundado por São Paulo e não por Jesus de Nazaré. Paulo prometeu um Reino dos Céus após a morte, algo de que Jesus nunca falou. Para além do mais, este Cristianismo está fundado no ressentimento e no ódio aos poderosos; o Cristianismo de Jesus é mais parecido com o Budismo.

De salientar que o Cristianismo parece mitologia: é uma mistura das crenças egípcias, romanas e hinduístas. Junte-se a isto o platonismo para o povo característico do Cristianismo.

É verdade. Jesus pregava que o reino de Deus era na Terra.

Além disso, o Cristianismo que conhecemos hoje é caracterizado por uma devoção a algo superior, inatingível.
Por exemplo, a supremacia do Papa (no caso do Catolicismo), ou de Deus Todo-Poderoso, a quem devemos temer.

Essas ideias são características do Judaísmo que Cristo tentou quebrar. Cristo afirmava-se filho de Deus, mas tambem chamava a todos os outros seus irmãos, logo todos eram filhos de Deus. Cristo pregava a igualdade e não a extrema hierarquização característica da Igreja burocrática.

Carlos Costa escreveu:Ao longo do tempo foram propostas várias datas para o nascimento de Jesus de Nazaré, mas em regra essas propostas seguem mais os mitos populares e crenças religiosas do que o método científico que atualmente é aplicado no estudo da História. Neste artigo aplico o método científico.

Sabemos que Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o Grande, que na altura governava a Judeia, uma província romana. Esse rei faleceu em 4 a.C., e por isso Jesus nasceu antes dessa data.

É do conhecimento comum que os pais de Jesus foram para Belém, onde ele veio a nascer, durante um recenseamento que tinha sido ordenado por o imperador Augusto. Um dia depois de Jesus nascer, José, o seu pai adotivo, levou a família para efetuar o recenseamento, incluíndo o recém-nascido Jesus. Precisamos então de saber quando ocorreu esse recenseamento no Império Romano.

Os registos governamentais de Roma indicam que o recenseamento teve lugar no ano 8 a.C., quatro anos antes de Herodes, o Grande, morrer, mas que na Judeia, devido à resistência do povo judeu, o processo atrasou-se um ano, realizando-se apenas em Agosto de 7 a.C. Em Belém, o recenseamento ocorreu de 10 a 24 de Agosto, e por isso Jesus só pode ter nascido entre 9 a 23 de Agosto.

Sabemos que os judeus têm de apresentar os seus recém-nascidos no Templo mais próximo (algo parecido com o batismo no Cristianismo) no espaço de 21 dias após o nascimento, e sabemos, através da Bíblia, que Maria e José apresentaram Jesus no segundo sábado do mês seguinte, dia 11 de Setembro, no Templo de Zacarias. Reduzindo 21 dias, que é o máximo que podemos reduzir, chegamos à data de 21 de Agosto, podendo, no entanto, Jesus ter nascido no dia 22 ou 23, porque não sabemos se a sua família se recenseou no antepenúltimo, penúltimo ou último dia do período de recenseamento em Belém.

Sendo assim, se nos basearmos em factos históricos, chegamos à conclusão que Jesus de Nazaré nasceu entre 21 a 23 de Agosto de 7 a.C.

Gostaria de saber se foi considerado o calendário Juliano ou Gregoriano?

Gregoriano.

Da para provar matematicamente que ele morreu em uma quarta feira (através da biblia) e não em uma sexta feira como os Padres e pastores ensinam

É a minha obra de referência para Jesus de Nazaré. Grande estudo de Sanders. Contudo, a edição que tenho e li já por duas vezes é mais antiga.