Marco Aurélio e o Cristianismo

Marco Aurélio foi imperador romano de 161 a 180, numa época dourada para Roma, mas também de grande sofrimento para a humanidade, dado que nessa altura uma peste misteriosa matou milhões de pessoas em todo o mundo.

Esse imperador é hoje lembrado por a civilização ocidental como um grande homem, muito em parte por as obras filosóficas da sua autoria que chegaram até aos nossos dias. O que muitos não sabem, é que ele perseguiu os cristãos durante todo o seu reinado.

Sendo Marco Aurélio adepto do estoicismo, que é uma doutrina filosófica muito parecida com a mensagem do Novo Testamento, essas acções podem parecer incompreensíveis, mas, provavelmente, os muitos rituais praticados pelos adeptos do cristianismo, e o facto de ser uma religião monoteísta, devem ter desagradado ao quinto Antonino. No entanto, certamente que admirava, no seu íntimo, o modo estóico de viver e morrer dos cristãos mais devotos.

Cómodo, o seu filho e sucessor no cargo imperial - e que ironicamente é mal visto por muitos cristãos da atualidade - foi, ao contrário do seu pai, tolerante com os adeptos desta religião, tendo ordenado que as perseguições terminassem.