Processo dos Távoras
Página 1 de 1 • Compartilhe
Processo dos Távoras
No dia 3 de setembro de 1758, o rei D. José I foi vítima de um atentado em Lisboa. A partir daí, sob a acusação da prática dos crimes de Traição e Lesa-Majestade, procedeu-se a uma perseguição a membros de algumas das principais famílias da nobreza de Portugal, especialmente ao Duque de Aveiro e ao Marquês de Távora. Tal perseguição culminou num julgamento de cunho político repleto de irregularidades jurídicas e numa execução bárbara com requintes de crueldade que entrou para a história como "O Processo dos Távoras".
As sentenças foram as seguintes: ao Duque de Aveiro e ao Marquês de Távora foram quebrados os ossos das pernas, braços e peito a golpes de maça, estando seus corpos atados às rodas, sendo depois queimados, e as cinzas jogadas ao mar. A D. Leonor foi decapitada à espada pelo carrasco, o qual após expor a cabeça ao povo queimou-a juntamente com o restante do corpo e lançou as cinzas ao mar. O Marquês Luís Bernardo, José Maria Távora e o Conde de Atouguia foram garrotados e só depois lhes foram quebrados os ossos das pernas e braços, antes de os seus corpos serem lançados na mesma fogueira que os predecessores. Pena igual aplicou-se aos criados Manuel Álvares e João Miguel, assim como ao cabo Brás Romeiro. Por sua vez, António Álvares e José Policarpo de Azevedo foram atados em postes altos e queimados vivos, tendo as suas cinzas o mesmo destino das dos outros réus. Além disso, todos foram condenados à desnaturazilação, exautoração das honras e privilégios da nobreza a que tinham direito e total confisco de bens.
Para além disto, no tocante especificamente à família Távora, ficou de futuro proibido o uso do sobrenome Távora; determinou-se que as suas armas fossem picadas e raspadas onde quer que se encontrassem; o restante das mulheres foram separadas dos filhos (os quais foram obrigados a professar) e encerradas em conventos; e suas casas foram arrasadas e salgados os chãos.
As sentenças foram as seguintes: ao Duque de Aveiro e ao Marquês de Távora foram quebrados os ossos das pernas, braços e peito a golpes de maça, estando seus corpos atados às rodas, sendo depois queimados, e as cinzas jogadas ao mar. A D. Leonor foi decapitada à espada pelo carrasco, o qual após expor a cabeça ao povo queimou-a juntamente com o restante do corpo e lançou as cinzas ao mar. O Marquês Luís Bernardo, José Maria Távora e o Conde de Atouguia foram garrotados e só depois lhes foram quebrados os ossos das pernas e braços, antes de os seus corpos serem lançados na mesma fogueira que os predecessores. Pena igual aplicou-se aos criados Manuel Álvares e João Miguel, assim como ao cabo Brás Romeiro. Por sua vez, António Álvares e José Policarpo de Azevedo foram atados em postes altos e queimados vivos, tendo as suas cinzas o mesmo destino das dos outros réus. Além disso, todos foram condenados à desnaturazilação, exautoração das honras e privilégios da nobreza a que tinham direito e total confisco de bens.
Para além disto, no tocante especificamente à família Távora, ficou de futuro proibido o uso do sobrenome Távora; determinou-se que as suas armas fossem picadas e raspadas onde quer que se encontrassem; o restante das mulheres foram separadas dos filhos (os quais foram obrigados a professar) e encerradas em conventos; e suas casas foram arrasadas e salgados os chãos.
Última edição por Carlos Costa em 14th janeiro 2012, 15:19, editado 1 vez(es)
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Processo dos Távoras
Foi claramente uma forma do marquês de pombal eliminar os seus inimigos. A execução foi muito brutal para membros da nobreza. Só os plebeus eram executados dessa forma.
Saibot- Membro Regular
- Mensagens : 193
Re: Processo dos Távoras
A inocência dos Távoras e do Conde de Atouguia foi pronunciada por o desembargador frei dr. José Ricalde Pereira de Castro, em sentença de 23 de Maio de 1781, mas confirmou a culpabilidade do Duque de Aveiro.
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Processo dos Távoras
Sim, o duque de Aveiro, devido às alianças que fazia com outras Casas e como organizador dos casamentos para tornar a sua Casa a mais poderosa, era um sério candidato ao trono português. Os Távoras foram executados apenas porque o marquês de Pombal os odiava e para que o adultério de D. José fosse silenciado e esquecido. Em termos políticos, foi uma jogada de mestre por parte do marquês de Pombal.
Saibot- Membro Regular
- Mensagens : 193
Re: Processo dos Távoras
Para além de toda a nobreza ficar silenciada (foram todos obrigados a assistir à bárbara execução) e assim o marquês poder governar em ditadura sem resistência política de quem quer que seja.
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Processo dos Távoras
"D. Leonor de Távora foi degolada e morreu nobremente. Seguiu-se o segundo filho, quase imberbe e louro (...) Estenderam-no sobre a aspa, quebraram-lhe os ossos a maço e garrotaram-no; mas como a corda partiu, o infeliz acabou lentamente. Apareceu então o marquês de Távora, cuja mulher passava por amante do rei. D. José, dizia-se, desonrara-o primeiro: depois matava-o barbaramente. Veio logo o conde de Atouguia e mais três cúmplices (...) Depois de um descanso, prosseguiu a hecatombe. Entrou primeiro em cena o velho marquês de Távora: mostraram-lhe os cadáveres da esposa e dos filhos, deitaram-no na aspa, esmigalhando-lhe os ossos. O desgraçado gemia; mas o horror pavoroso dos gritos veia da execução do duque de Aveiro. O Ferreira, que dera os tiros contra o rei, foi untado de breu, com um saco de pez e enxofre ao pescoço, queimado vivo e assado lentamente (...)"
Oliveira Martins, em História de Portugal
Oliveira Martins, em História de Portugal
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Processo dos Távoras
É por causa dessas barbaridades e injustiças que a monarquia absoluta terminou graças á Deus.
Dª Maria I, reabilitou os Távoras e corrigiu oque pode as injustiças contra os seus descendentes.
E pensar que tem quem goste do Marques de Pombal.
Isabel Santos
Dª Maria I, reabilitou os Távoras e corrigiu oque pode as injustiças contra os seus descendentes.
E pensar que tem quem goste do Marques de Pombal.
Isabel Santos
Isabel- Iniciante
- Mensagens : 7
Re: Processo dos Távoras
Eu sou um deles. O Marquês de Pombal foi o melhor estadista da História de Portugal!Isabel escreveu:E pensar que tem quem goste do Marques de Pombal.
A crueldade desta execução não tira o crédito à excelência da governação de Pombal. A melhor coisa que ele fez foi expulsar os jesuítas de Portugal e suas colónias...
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Processo dos Távoras
Mais informações sobre o Processo dos Távoras em Reinado de D. José
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|