Padre António Vieira
Página 1 de 1 • Compartilhe
Padre António Vieira
Orador e escritor jesuíta (1608-1697).
Primogénito de Cristóvão Vieira Ravasco e de Maria de Azevedo, embarcou para o Brasil quando contava seis anos, depois de o seu pai ser nomeado para o cargo de escrivão na Relação da Baía. Matricularam-no no Colégio dos Jesuítas. Aos 15 anos, descobriu a vocação religiosa e deu entrada na Companhia de Jesus. Ordenado sacerdote em 1635, não tardou a dar mostras de uma percepção excepcional para os problemas sociais e de uma grande facilidade para a retórica e para a escrita.
Entre os seus textos imortais destacam-se, por exemplo, o Sermão da Sexagésima e o Sermão de Santo António aos Peixes, onde uma das passagens mais célebres deste último fica aqui registada: "Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção". Estas duas obras constituem apenas dois exemplos que sustentam a forma como Fernando Pessoa o recordou: "imperador da língua portuguesa".
Porém, a vida do pregador foi muito para além dos púlpitos. Ficou marcada, por exemplo, por uma intensa atividade diplomática. Apoiou de forma incondicional o movimento da Restauração. Durante a sua primeira estada em Portugal (1641-1652), após ter sido nomeado pregador da corte, foi incumbido de missões políticas em França, Holanda e Itália. Falecido D. João IV, o orador não tardou a cair em desgraça. Preso e perseguido pela Inquisição, apenas veio a libertar-se do Santo Ofício pela sua própria acção, em Roma (1669-1675), obtendo um salvo-conduto do próprio papa.
Regressou a Lisboa, onde, quatro anos mais tarde, foi publicado o primeiro volume dos Sermões. Mas, o chamamento do Brasil era irresistível. Em 1681, reatou a atividade sacerdotal em Terras de Vera Cruz. Trabalhou arduamente e utilizou a eloquência para defender a libertação dos índios, o que lhe valeu violentas reacções por parte dos colonos. Durante três anos, exerceu funções de visitador do Brasil. Passou os últimos dias no "seu" Brasil, na Quinta do Tanque (Baía).
Entre os diversos escritos que deixou, destaque ainda para Livro Anteprimeiro da História do Futuro (1718) e Defesa Perante o Tribunal do Santo Ofício (1957).
Primogénito de Cristóvão Vieira Ravasco e de Maria de Azevedo, embarcou para o Brasil quando contava seis anos, depois de o seu pai ser nomeado para o cargo de escrivão na Relação da Baía. Matricularam-no no Colégio dos Jesuítas. Aos 15 anos, descobriu a vocação religiosa e deu entrada na Companhia de Jesus. Ordenado sacerdote em 1635, não tardou a dar mostras de uma percepção excepcional para os problemas sociais e de uma grande facilidade para a retórica e para a escrita.
Entre os seus textos imortais destacam-se, por exemplo, o Sermão da Sexagésima e o Sermão de Santo António aos Peixes, onde uma das passagens mais célebres deste último fica aqui registada: "Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção". Estas duas obras constituem apenas dois exemplos que sustentam a forma como Fernando Pessoa o recordou: "imperador da língua portuguesa".
Porém, a vida do pregador foi muito para além dos púlpitos. Ficou marcada, por exemplo, por uma intensa atividade diplomática. Apoiou de forma incondicional o movimento da Restauração. Durante a sua primeira estada em Portugal (1641-1652), após ter sido nomeado pregador da corte, foi incumbido de missões políticas em França, Holanda e Itália. Falecido D. João IV, o orador não tardou a cair em desgraça. Preso e perseguido pela Inquisição, apenas veio a libertar-se do Santo Ofício pela sua própria acção, em Roma (1669-1675), obtendo um salvo-conduto do próprio papa.
Regressou a Lisboa, onde, quatro anos mais tarde, foi publicado o primeiro volume dos Sermões. Mas, o chamamento do Brasil era irresistível. Em 1681, reatou a atividade sacerdotal em Terras de Vera Cruz. Trabalhou arduamente e utilizou a eloquência para defender a libertação dos índios, o que lhe valeu violentas reacções por parte dos colonos. Durante três anos, exerceu funções de visitador do Brasil. Passou os últimos dias no "seu" Brasil, na Quinta do Tanque (Baía).
Entre os diversos escritos que deixou, destaque ainda para Livro Anteprimeiro da História do Futuro (1718) e Defesa Perante o Tribunal do Santo Ofício (1957).
Fundador- Administrador
- Mensagens : 1615
Re: Padre António Vieira
PADRE ANTÓNIO VIEIRA | Um homem à frente do seu tempo
Orban89- Historiador Profissional
- Mensagens : 1285
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|