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Segunda Guerra Mundial

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Mensagem por Lusitano89 19th março 2011, 17:59

Segunda Guerra Mundial Infobox_collage_for_WWII

A Segunda Guerra Mundial ou II Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda a sua capacidade económica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, com mais de setenta milhões de mortos.

Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha Nazi a 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e do Commonwealth. Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias ultramarítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra contra o Japão pelos EUA, Países Baixos e o Commonwealth Britânico.

A guerra terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando significativamente o alinhamento político e a estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações Unidas era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra Fria que se estenderia pelos quarenta e seis anos seguintes.

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Mensagem por Fundador 19th março 2011, 18:05

No Canal História tem dado os Arquivos Perdidos da Segunda Guerra Mundial. Estão excelentes esses episódios.

Segunda Guerra Mundial - Os Arquivos Perdidos

"As Imagens Perdidas da Segunda Guerra Mundial" é a primeira série documental sobre esta guerra a ser apresentada em cor de alta definição. Criada a partir de milhares de horas de imagens raras a cores recolhidas numa busca a caves e arquivos a nível mundial, mudará a forma como o mundo vê este conflito determinante. Através de imagens inéditas para a maior parte do público - e convertidas para alta definição para uma clareza sem precedentes - os telespectadores sentirão a guerra como se tivessem lá estado, rodeados pelas cenas e pelos sons dos campos de batalha. Pelo caminho, conhecerão um grupo diversificado de soldados cujos diários de guerra documentam num pormenor visceral aquilo por que passaram.

Esta série marcante e visualmente espantosa apresenta a história da Segunda Guerra Mundial através dos olhos de 12 americanos que a viveram em primeira-mão. Os telespectadores ouvirão a história da enfermeira June Wandrey, que foi para o Norte de África no início da guerra e passou pela libertação dos campos, na Alemanha. Conhecerão Shelby Westbrook, um jovem afro-americano de Toledo, que se tornou membro dos famosos Aviadores Tuskegee; Jimmie Kanaya, filho de imigrantes japoneses, que serviu no Exército dos EUA e foi feito prisioneiro na Europa; ou Jack Werner, um imigrante judeu que fugiu da Áustria antes da guerra, acabando a lutar não contra Hitler e os odiosos Nazis, mas no Pacífico.
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Mensagem por Lusitano89 20th março 2011, 19:00

Da Itália ao Japão: Um triunfo italiano durante a II GM


Segunda Guerra Mundial Romatquio

O Alto Comando italiano, suspeitava que os aliados tinham quebrado os seus códigos de rádio internacionais e, como o rádio era o mais vital meio para se comunicar com os seus parceiros do Eixo no Extremo Oriente; os italianos teriam que entregar novos livros de códigos para os japoneses, para assegurar a segurança nas comunicações. Esta foi a motivação por trás de um voo de alcance muito longo, e bastante esquecido nas histórias do pós-guerra.

A possibilidade de efectuar uma ligação aérea estável entre Roma e Tóquio havia sido vislumbrada pela Regia Aeronautica desde o final de 1941 e, em 29 de Janeiro de 1942, um relatório escrito foi apresentado para o comando aéreo para determinar a praticabilidade da empreitada, utilizando três diferentes rotas, com os novos Fiat G.12 GAs (Grande Autonomia). Entretanto, para o primeiro voo experimental, foi escolhido um Savoia Marchetti S.75 GA [S.M.75 GA], equipado com motores Alfa Romeo 128 RC.18.

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O primeiro S.75 GA (com o número de série RT MM.60537) foi entregue em 17 Março de 1942, mas foi decidido usá-lo numa missão “simbólica”, que consistia em lançar folhetos de propaganda sobre Asmara [N. do T.: com as seguintes palavras: “Italiani di Eritrea: la Patria non vi dimentica. Ritorneremo!", nas antigas colónias italianas na África Ocidental. Esta missão foi realizada no dia 7 de Maio de 1942, partindo de Guidonia (Roma) e, após uma paragem para reabastecimento em Bengazi, o avião descolou no dia 8 de Maio, às 17:30 h., para lançar os seus folhetos sobre Asmara às 03:00 de 9 de Maio e, então, pousando de volta em Roma-Ciampino às 21:30 h do dia 9.

O voo tinha durado 28 horas sem qualquer problema, confirmando a praticabilidade dos voos para o Japão. O Dr. Publio Magini foi o navegador e co-piloto daquele voo. Na época, o Dr. Magini era considerado um dos melhores pilotos italianos e era um “expert” em voo por instrumentos. Ele tinha desenvolvido um sistema de navegação estelar, ao qual chamou de “Curvas de Altitude das Estrelas”.

Infelizmente, o MM.60537 foi severamente danificado numa aterragem de emergência apenas dois dias depois. Quando do seu retorno a Guidonia, a tripulação do MM. 60537 recebeu ordens de voar para o Aeródromo de Ciampino, a apenas 19 quilómetros dali. Logo após a descolagem, todos os três motores pararam e o avião caiu. O piloto, Capitão Paradisi e o Dr. Magini escaparam dos destroços antes que o combustível incendiasse e o avião explodisse. Paradisi perdeu uma perna no desastre e o Dr. Magini sofreu um sério ferimento na perna que o incapacitou para o voo por um mês.

Em 12 de Maio, a companhia Savoia Marchetti recebeu ordens de acelerar a produção do segundo S.75 GA (MM.60539), que foi, como o seu antecessor, não-oficialmente denominado "S.75 RT" (Roma-Tóquio) e, em 24 de Maio, um terceiro S.75 RT (MM.60543) foi encomendado.

Devido a vários problemas políticos e militares, o voo foi adiado e o carregamento originalmente previsto foi sistematicamente reduzido até o avião ter que descolar sem qualquer carga a bordo. Agora, apenas o desafio e o prestígio que seria alcançado com o feito (do ponto de vista italiano) mantinham a continuidade do projecto.

Finalmente, às 5:26 h do dia 29 de Junho de 1942, o S.75 RT MM.60539 descolou de Guidonia com a seguinte tripulação: Tenente-coronel Antonio Moscatelli, Capitão Mario Curto, Capitão Dr. Publio Magini (todos eles pilotos), Segundo Tenente Ernesto Mazzotti (rádio-navegador), Primeiro-sargento Ernesto Leone (engenheiro de voo). Às 14:10 h, o S.75 aterrou em Zaporozje [N. do T.: base italiana situada na Ucrânia ocupada pelos alemães], onde o CSIR (Corpo Expedicionário Italiano na Rússia) tinha estabelecido uma rádio-base e de reabastecimento. A viagem para Zaporozje havia corrido sem incidentes e o Dr. Magini e seus companheiros da tripulação decidiram não correr o risco de iniciar a segunda parte da viagem à tarde, na esperança de evitar a intercepção. Como resultado, eles passaram a noite no aeródromo e descolaram ao anoitecer do dia seguinte, às 20:06 h do dia 30 de Junho.

Devido ao peso do combustível que carregavam, seu avião não podia atingir mais que 2.500 pés (762 m) e sua velocidade era perigosamente baixa, fazendo deles um alvo extremamente vulnerável. Acelerar o avião ameaçava superaquecer os motores e a tripulação monitorizava ansiosamente os indicadores quando a temperatura atingia níveis mais elevados.

Deve ser dito que Zaporozje estava muito próximo de Rostov, onde um selvagem combate pelo controlo da cidade estava em andamento. Holofotes soviéticos estavam em toda a parte, iluminando o céu nocturno enquanto o avião cruzava a frente de batalha. Quase imediatamente, eles foram avistados e focos de luz prenderam-se ao avião. Rastos de fogo – granadas antiaéreas soviéticas – subiram aos céus para saudar o avião, que deveria parecer-lhes um alvo fácil. Felizmente para a tripulação, os soviéticos não acertaram nenhum dos disparos no lento avião em vôo baixo. O Dr. Magini e seus colegas tripulantes tiveram de aguentar o fogo antiaéreo inimigo pelos seguintes 160 km da sua jornada - Dr. Magini anota no seu jornal - "Aquilo não foi nem um pouco agradável”.

Eventualmente, os disparos cessaram e o aparelho ficou sozinho na noite escura. A sua rota levou-os ao norte do Mar Cáspio, a seguir o Mar de Aral e o Lago Balkhash. Quando começou a amanhecer, eles haviam atingido a cadeia de montanhas Altai, que separa a União Soviética da China. Voando baixo num longo vale, eles, finalmente, encontraram-se sobre o deserto de Gobi. Por horas a fio, eles sobrevoaram a vastidão de areia desabitada e desolada que é o deserto de Gobi. Neste ponto a navegação celestial pelas “Curvas de Altitude das Estrelas” do Dr. Magini foi vital, pois eles não possuíam cartas de navegação do deserto de Gobi.

O Dr. Magini era de opinião que eles deviam ter feito todo o caminho restante directamente para o Japão, mas quando se aproximaram do território controlado pelos japoneses, estes insistiram que eles deveriam aterrar em Pao-Tow-Chen, localizado a leste de Pequim, próximo ao Rio Amarelo. Isso foi necessário devido as medidas de segurança impostas pelo Japão sobre o seu espaço aéreo, após o “Raid Doolittle”, dois meses antes. Caças patrulhavam as ilhas japonesas dia e noite, prontos para abater quaisquer aparelhos sem a insígnia japonesa nas asas.

Os italianos acabaram, na verdade, ultrapassando Pao-Tow-Chen e foram forçados a voltar para atrás. Quando fizeram isso, foram apanhados no meio do caminho por uma chuva torrencial e tiveram dificuldade para identificar sua própria posição ou mesmo encontrar a cidade. A tempestade durou o suficiente para o Dr. Magini determinar a posição do aparelho e eles estavam quase planando sob a cobertura de nuvens quando encontraram a cidade.

Às 17:20 h de 1º de Julho de 1942, após um vôo de 6.000 km em 21 horas e 14 minutos, o S.75 RT aterrou no aeródromo de Pao-Tow-Chen, na China. Soldados japoneses imediatamente se posicionaram à volta do avião logo que a tripulação desembarcou. Autoridades do Japão e dois oficiais italianos estavam esperando por eles. Os italianos eram o Capitão Roberto de Leonardis, o Adido Naval e Enrico Rossi, um intérprete.

Eles foram escoltados para o hotel local, o qual, ironicamente, era uma réplica das casas de Pompeia, (próximo de Nápoles). Para cada tripulante foram “dadas” pelo menos duas Gueixas que os banharam e lavaram os seus sujos uniformes. Enquanto esperavam pelas roupas, os italianos vestiram quimonos, o que só adicionou estranheza ao surrealismo que eles já experimentavam neste ambiente.

O Dr. Magini e seus companheiros foram obrigados a permanecer ali por um dia, esperando um guia da Força Aérea japonesa que chegaria de Tóquio. As rotas aéreas de e para a terra natal japonesa mudavam diariamente e qualquer avião no local, altitude ou curso errados corria o risco de ser derrubado dos céus. Enquanto esperavam, equipas de terra japonesas pintaram as insígnias do sol nascente nas asas e fuselagem do seu avião.

Eles finalmente descolaram em direcção a Tóquio por volta das 7:00 h da manhã do dia 3 de Julho. O guia de voo japonês, um Capitão, acompanhou-os e instruiu-os exactamente qual o curso que deveriam tomar. A sua rota conduziu-os sobre Pequim – Dairen – Seul – Yonagom - Tóquio; uma viagem de 2.700 km. Eles aterraram na base aérea de Tachikawa, próxima a Tóquio às 17:04 h do dia 3 de Julho de 1942.

Após vários dias entre cerimónias e o planeamento do voo de regresso, o avião deixou Tóquio, ainda sem qualquer carga a bordo, às 05:20 h do dia 16 de Julho de 1942, alcançando Pao-Tow-Chen às 15:40 h. Ali, as marcas japonesas foram removidas e o avião descolou com o carregamento máximo de combustível (com alguma dificuldade, devido ao pequeno comprimento da pista...), às 21:45 h GMT de 18 de Julho, aterrando em Odessa às 02:10 h GMT de 20 de Julho. Às 11:00 h do mesmo dia, o S.75 RT descolou novamente, alcançando Guidonia às 17:50 h. Benito Mussolini, em pessoa, estava aguardando a chegada do avião.

Todo os detalhes do voo, após repetidas solicitações dos japoneses, tinham que ser mantidos em segredo, mas a notícia apareceu, cinco dias depois, nos jornais italianos e os japoneses imediatamente decidiram impedir quaisquer novos voos utilizando a rota originalmente seguida, solicitando o estudo de uma rota mais a sul. Isto causou atrasos e impediu mais progressos no planeamento do voo previsto para Agosto de 1942, usando o segundo S.75 RT MM.60543, que teve que ser cancelado.

Futuros voos iriam utilizar o novo Fiat G.12 RT, mas as dificuldades criadas pelos japoneses a respeito da rota a sul (de Roma para a Ilha de Rodes, então prosseguindo sem escalas para o sul da Bulgária, norte da Turquia, Mar Cáspio, nordeste do Irão, Afeganistão, voando ao sul da Cadeia dos Himalaias, sobre o Golfo de Bengala, atingindo, finalmente, Rangum) e com os preparativos para garantir suporte rádio e navegacional adequados (especialmente em Rangum), provocaram atrasos até 17 de Novembro de 1942, quando o Governo italiano (e a Regia Aeronautica), decidiu por fim ao projecto.

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Mensagem por Lusitano89 20th março 2011, 23:11


Os Bunkers secretos de Churchill














Última edição por Lusitano89 em 13th junho 2011, 21:59, editado 2 vez(es)

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Mensagem por Lusitano89 21st março 2011, 21:18

Batalha de Estalinegrado - O Ataque

















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Mensagem por Lusitano89 21st março 2011, 23:11

Batalha de Estalingrado - O Caldeirão




















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Mensagem por Lusitano89 21st março 2011, 23:35

Batalha de Estalinegrado - A Morte



















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Mensagem por Fundador 23rd março 2011, 15:45

A Batalha de Estalinegrado foi o ponto decisivo da Segunda Guerra Mundial. Mais de 1 milhão de soviéticos morreram nessa batalha, mas mesmo com tantas baixas sairam vitoriosos. A vitória nessa batalha foi o lançamento para a vitória na guerra.

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Mensagem por Lusitano89 26th março 2011, 02:35

Batalha de Midway














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Mensagem por Lusitano89 27th março 2011, 18:30

Batalha de El Alamein














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Mensagem por Lusitano89 15th abril 2011, 21:10

Guerra do Século - Grandes Esperanças





















Última edição por Lusitano89 em 15th abril 2011, 21:28, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Lusitano89 15th abril 2011, 21:17

Guerra do Século - Espiral de Terror























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Mensagem por Lusitano89 15th abril 2011, 21:32

Guerra do Século - Aprendendo a vencer
















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Mensagem por Lusitano89 15th abril 2011, 21:45

Guerra do Século - Vingança
















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Mensagem por Fundador 28th abril 2011, 23:48

Para o Japão foram os grandes heróis da Segunda Guerra Mundial! Para os Estados Unidos da América foram os inimigos mais temidos!

Como se pode derrotar alguêm que não tem medo de morrer?


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Mensagem por Lusitano89 8th maio 2011, 19:05

Batalha de Manila
A Estalingrado do Pacífico

Segunda Guerra Mundial Manila_Walled_City_Destruction_May_1945

A Batalha de Manila foi a maior batalha urbana da Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre norte-americanos, filipinos e japoneses pela posse da capital das Filipinas, entre 3 de Fevereiro e 3 de Março de 1945 durante a contra-ofensiva aliada no teatro de guerra do Sudeste Asiático.

A batalha, que culminou num banho de sangue e na devastação total da cidade, encerrou um domínio japonês de três anos nas Filipinas, e foi considerada pelo general Douglas MacArthur, comandante das forças aliadas no Pacífico, como a chave para a reconquista do país.

Início

A 9 de janeiro de 1945, as tropas norte-americanas e filipinas começaram a desembarcar no Golfo de Lingayen e rapidamente avançaram pela ilha de Luzon. Três semanas depois, a 31 de janeiro, as vanguardas americanas encontravam-se nos arredores de Manila, aproximando-se da cidade pelo sul, enquanto tropas pára-quedistas lançadas a norte da cidade realizavam um movimento em pinça, num avanço em duas frentes desde o interior de Luzon.

A 4 de fevereiro a ofensiva sobre a cidade foi lançada, com as tropas, ajudadas por informações da guerrilha filipina e tropas filipinas, cruzando rios em locais em que as pontes estavam intactas. Um campo de concentração, instalado no campus de uma universidade nas vizinhanças da capital, foi libertado pelos atacantes, que nele encontraram mais de quatro mil prisioneiros, norte-americanos, canadianos, britânicos e australianos, prisioneiros desde abril de 1942.

A defesa japonesa

Á medida que as forças atacantes chegavam a Manila vindas de várias direcções, o grosso das tropas japonesas retirava-se da cidade para posições na cidade de Baguio, num movimento táctico planeado pelo general Tomoyuki Yamashita, comandante em chefe das forças nipônicas nas Filipinas.

Em 1942, o presidente filipino Manuel Quezon declarou Manila como cidade aberta antes de sua captura. Apesar de Yamashita não ter feito o mesmo em 1945, ele não planeava uma batalha em Manila, uma cidade com mais de um milhão de habitantes e uma grande área com muitas construções de madeira inflamável, comerciais e residenciais. Assim ele apenas determinou a um dos seus oficiais, que cobrisse a retirada das forças japonesas com um punhado de homens, e quando os americanos se aproximassem da cidade, destruísse as pontes e instalações vitais ao inimigo, retirando-se em seguida.

Entretanto, o contra-almirante Iwabuchi Sanji, comandante das forças navais na capital, desobedecendo às ordens de Yamashita, resolveu defender a cidade e convocou cerca de 15 mil dos seus fuzileiros navais e marinheiros, juntamente com os soldados do exército que haviam sido deixados na retaguarda, para transformarem Manila num campo fortificado à espera do inimigo. Cercando os locais de acesso com arames farpados, minas e barreiras de camiões e comboios, os marinheiros de Sanji dinamitaram as pontes de Manila e as instalações militares, entrincheirando-se nas melhores posições de defesa, incluindo grandes edificios comerciais e o sítio histórico de Intramuros, construído pelos exploradores espanhóis no século XVI.

Cerco e massacre

A 4 de fevereiro, o general MacArthur anunciou ao mundo a eminente vitória em Manila e os preparativos para uma parada da vitória pelas ruas da cidade. Entretanto, a batalha, que os Aliados já consideravam ganha, mal tinha começado. As tropas que entravam na cidade pelo norte e pelo sul começaram a transmitir uma intensa resistência japonesa ao avanço dos invasores. A partir dali, Manila transformou-se num inferno de fogo e chumbo, com lutas casa a casa que durariam um mês.

Segunda Guerra Mundial Sherman_intramuros

Os norte-americanos atacavam com tiros de artilharia e bombardeamento aéreo, enquanto os japoneses recuavam explodindo tudo no seu caminho, para dificultar o avanço inimigo. Numa tentativa de poupar a população civil e os monumentos da cidade, MacArthur havia dado ordens para a artilharia e a força aérea dosearem o seu fogo concentrado, mas a cidade foi aos poucos se transformando num mar de ruínas, pela encarniçada resistência dos defensores.

Após resistirem aos ataques norte-americanos com granadas, espingardas, metralhadoras e lança-chamas, agora os japoneses lutavam com resistência dobrada contra tanques e canhoneio naval, que caçavam os japoneses a tiros de edifício em edificio, quase sempre causando o seu desabamento, com os inimigos e os civis presos entre os dois exércitos em luta dentro deles.

Submetidos a um ataque constante e encarando a morte certa, os japoneses começaram a libertar o seu ódio e frustação na população, acertando-os propositalmente no fogo cruzado, iniciando uma onda de violações, mutilações, fuzilamentos aleatórios e atrocidades múltiplas, no que viria a ser conhecido como o Massacre de Manila, ao mesmo tempo que lutavam contra os norte-americanos, numa cidade agora praticamente em ruínas.

Intramuros, a cidade murada e histórica dentro de Manila, onde os japoneses entrincheiraram-se num bastião de resistencia, era atacada constantemente por bombardeamentos de artilharia e sendo destruída aos poucos, mas os seculares muros de pedra resistiam e as posições dentro dela, como edifícios subterrâneos e trincheiras de pedras, forneciam ótima cobertura defensiva aos japoneses.

O último reduto de defesa em Intramuros e em Manila, o centro de finanças, foi finalmente destruído a 3 de março de 1945. A cidade havia sido libertada, mas quase toda nivelada ao chão. A batalha custou mil mortos e cinco mil feridos aos norte-americanos, 16.000 mortos entre os japoneses e tinha tirado a vida a cem mil filipinos, apanhados no fogo cruzado da batalha ou assassinados pelos defensores.

Legado

Durante um mês, japoneses e norte-americanos tinham inflingido a Manila mais destruição que a Luftwaffe havia sido capaz de inflingir a Londres durante os bombardeamentos de 1940, produzindo uma contagem de mortos comparável aos bombardeamentos de Tóquio ou a dos habitantes de Hiroshima. Poucas batalhas da Segunda Guerra Mundial excederam a selvageria e destruição produzida em Manila nesta batalha, que a fez ser comparada a Varsóvia, como cidade-mártir do Sudeste Asiático pela destruição produzida, e testemunhando combates de rua somente vistos na guerra na Europa em batalhas como a de Estalingrado.

Relembrada hoje como tragédia nacional, a Batalha de Manila custou aos filipinos, além das milhares de vidas humanas, a destruição de incontáveis e irreparáveis tesouros históricos, colégios, igrejas, conventos, universidades, mosteiros datados de sua ancestral fundação. Seu patrimônio cultural em artes, literatura e arquitectura especializada, desapareceu. A Manila uma vez chamada de Pérola do Oriente, monumento vivo do encontro das civilizações européia e asiática, havia virtualmente evaporado.

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Mensagem por Lusitano89 14th maio 2011, 19:24

Batalha de Kursk











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Mensagem por Lusitano89 17th junho 2011, 13:30

O Raide de Granville


As ilhas do Canal são um caso meio exótico na 2ª Guerra Mundial. Apesar de estarem a curtíssima distância da França, a oeste da península de Cherburgo, são possessões britânicas desde 1066. Têm alguns costumes franceses, mas a língua falada é o inglês e os seus cidadãos tem orgulho dos seus laços com a Grã-Bretanha. A sua ligação com a Inglaterra sempre foi mantida pela superioridade naval inglesa mas, em 1940, esta não foi suficiente para garantir a segurança das ilhas. Parte da população foi evacuada para a Grã-Bretanha e para o continente e as ilhas foram declaradas como áreas abertas. Garantidos pela força aérea, tropas alemães ocuparam as ilhas em 1 de julho de 1940.

Inicialmente, a população reduzida ainda foi suficiente para gerar abastecimentos para os habitantes e parte das forças de ocupação, apesar de uma série de produtos, como a carne, farinha e medicamentos terem de ser importados do continente. Contudo, as ilhas tornaram-se um símbolo para os alemães – eram o único pedaço da Grã-Bretanha ocupado. Isso permitia uma série de golpes de propaganda: por exemplo, os jornais oficiais das forças armadas alemães Der Adler (da Luftwaffe) e Signal (do exército), tiveram edições especiais em inglês, para circulação exclusiva nas ilhas. Esse valor de propaganda, juntamente com a situação insular do território, que facilitava um possível ataque naval inglês, gerou uma preocupação nos alemães – temiam que um golpe de mão inglês as reocupasse. Isso fez com que as ilhas tivessem uma grande guarnição e um grande programa de fortificações, ordenado pessoalmente por Adolf Hitler. Após algum tempo, havia mais soldados (32.000) e trabalhadores escravos nas fortificações (6.000) do que habitantes (na maior das ilhas, Jersey, tinham ficado 21.000 habitantes após a evacuação parcial). As defesas eram compostas por 11 baterias pesadas, com 38 canhões, o que era mais do que os 37 canhões de grosso calibre instalados nos 950 quilômetros de costa entre Dieppe e Saint Nazaire.

Com a invasão da Normandia, a situação das ilhas ficou comprometida. Com o rápido avanço aliado, a imensa guarnição não podia ser mais abastecida por navios vindos do continente. Por outro lado, os aliados não queriam atacar a posição: ela tinha mais valor como propaganda do que real e um ataque seria muito difícil, por causa das excelentes defesas alemãs – um bombardeamento feito pelo couraçado inglês Rodney contra a bateria de canhões de 150 mm em Alderney (Batterie Blücher), em agosto de 1944, não teve resultados efectivos, apesar do navio ter disparado 75 projecteis de 406 mm contra a posição alemã.

Como muitas posições alemãs cercadas pelos aliados em França, aparentemente restava a guarnição apenas esperar pelo fim da guerra. Entretanto, essa não era a opinião do comandante em chefe das forças de ocupação da Ilha, o almirante Friedrich Huffmeier, que assumira a posição em fevereiro de 1945. Ele era um nazi fanático – numa ocasião ele teria dito ao bailio de Jersey, Alexander Coutanche: “nunca nos renderemos. No fim eu e você estaremos comendo ervas”.

Huffmeier não era um homem só de palavras – era um homem de acção. Voluntário da Marinha Imperial em setembro de 1914, teve uma carreira longa, com serviço em submarinos, comandando unidades de infantaria de marinha (e do exército também) e, na guerra, comandara o cruzador leve Köln e o cruzador de batalha Scharnhorst. A guarnição da ilha não permaneceu inactiva após a invasão da Normandia. Os canhões de longo alcance de Alderney, que alcançavam o continente, mantiveram um fogo de inquietação contra as estradas da península de Cherburgo, atrapalhando o movimento rodoviário aliado – facto que levou ao infrutífero ataque feito pelo Rodney. Além disso, as unidades navais que ficaram sitiadas executaram algumas operações e sabotadores foram enviados para o continente.

O maior golpe, contudo, seria a proposta de um ataque ao estilo de comandos contra um porto sob o controle aliado.

O Raide

Em 9 de março de 1945, 70 comandos alemães atacaram o porto francês de Granville, na base da península de Cherburgo, destruindo no processo uma locomotiva, metade dos guindastes e equipamento de movimento de carga do porto, danificando severamente um barco patrulha norte-americano, matando quase metade de sua tripulação, ao mesmo tempo que capturavam um navio de abastecimentos norte-americano e nove soldados dos Estados Unidos. Lançada das ilhas do canal, ocupadas pelos alemães, esta operação seria a última invasão germânica ao solo francês no século XX.

A força defensora de franceses livres defendendo o porto, muito superior, não teve melhores resultados nesta operação do que o exército da Terceira República teve em 1940. Dizendo que pensaram que o barulho fosse causado por fogos de artifício norte-americano, permaneceram fora de Granville até que os reforços norte-americanos chegaram, mesmo quando os alemães estavam partindo.

Apesar do raide ter sido uma gota praticamente imensurável no esquema maior de eventos da guerra, ele reforçou a moral alemã e fez com que os aliados desviassem forças e recursos adicionais para manter a segurança nos portos da península. Mesmo não tendo efeito no resultado da guerra, o raide demonstrou que um comandante intrépido, liderando tropas audazes, pode conseguir vencer um inimigo muito mais numeroso, mas benévolo.

As origens do raide estão na fuga de cinco prisioneiros de guerra alemães de um campo de prisioneiros de guerra em Granville em dezembro de 1944. Disfarçando-se de interpretes, roubaram um barco de desembarque norte-americano e tomaram rumo de Jersey, uma das ilhas do Canal inglesas ocupadas pelos alemães desde 1940. A sua chegada foi em si um golpe menor de propaganda para a Alemanha, entretanto, mais importante para o agressivo chefe de estado-maior da guarnição da ilha, Vice-Almirante Friedrich Huffmeier, a fuga provocou o nascimento de uma ideia. Os antigos prisioneiros tinham sido usados em grupos de trabalho que tanto mantinham as instalações portuárias de Granville, como descarregavam os navios lá. Em consequência, tinham um conhecimento detalhado do porto, as suas infra-estruturas, equipamentos e defesas. Huffmeier planeou usar essa informação para dar um golpe a favor do Terceiro Reich.

Huffmeier era, de facto, um oficial de marinha incomum. Diferente da maior parte dos oficiais superiores da marinha alemã do período, ele era um nazi extremista. Anteriormente, tinha tentado convencer o comandante da guarnição da ilha, o general Rudolf Graf von Schmettow, a tomar uma acção mais afirmativa no tocante à guerra, particularmente a respeito das políticas de ocupação. Ele achava que von Schmettow era generoso demais no seu tratamento aos residentes britânicos. Amargurado com a recusa do general em mudar, Huffmeier fez uma tentativa fracassada de tomar o controle da guarnição da ilha. Um ataque bem sucedido contra Granville, um ponto de desembarque aliado de carvão e alimentos, poderia levar Berlim a simplesmente dar-lhe o comando.

Huffmeier secretamente enviou a sua ideia e o esboço operacional para o Almirante Theodor Krancke, comandante do Grupo Oeste da Marinha Alemã, para aprovação. Krancke gostou da idéia e deu a sua aprovação quase que imediatamente. Apesar de furioso em ter sido contornado, von Schmettow, uma vez que as ordens chegaram de Berlim, não tinha escolha, a não ser permitir que as coisas prosseguissem.

Huffmeier planeou o raide como uma operação conjunta, pois nenhuma unidade activa da guarnição tinha todas as armas ou conhecimentos necessários para conduzi-la. Ele pretendia danificar o porto de Granville, que era o melhor porto na parte ocidental da península de Cherburgo, danificar ou afundar quaisquer navios encontrados ali e capturar um navio carvoeiro para trazer de volta para Jersey. Também queria que os seus soldados apanhassem quaisquer alimentos e médicamentos que encontrassem. Todos esses produtos estavam em falta nas Ilhas do Canal, que tinham sido isoladas de todo apoio logístico desde julho do ano anterior.

Selecionar a força incursora era o desafio primário. A parte naval era relativamente simples: ele podia escolher entre as unidades baseadas em Jersey, a ilha mais próxima de Granville. Isto dava-lhe uma frota de varredores de minas (seis unidades), três pontões de artilharia, três barcos S (lanchas torpedeiras), um rebocador (para trazer o navio mercante capturado), juntamente com algumas embarcações menores, principalmente barcos de assalto. Estes mesmos navios dariam o grosso da força, mas um elemento de desembarque ainda era necessário.

Para isso, Huffmeier organizou cerca de 100 homens, a maior parte deles do exército, mas com oito participantes da marinha e sete da força aérea também incluídos. Os homens da marinha foram organizados em dois grupos de sabotagem, para danificar quaisquer navios amarrados aos píeres. Os homens da força aérea foram colocados em equipas de metralhadoras leves para apoiar as outras operações em terra – dado a sua prática quase diária contra os aviões aliados que periodicamente passavam pelas ilhas, eles eram os mais treinados e experientes da guarnição.

Um obstáculo importante tinha que ser superado na preparação dos homens. Em dezembro de 1944, a comida estava tão em falta nas ilhas que as rações tinham sido reduzidas a pouco acima do nível da subnutrição. A moral da guarnição era baixa e os níveis de preparação físico eram ainda mais baixos. A maior parte dos homens tinham ordens de passar a maior parte do dia na cama, para conservar a energia humana. Achar um número suficiente de voluntários numa condição razoável, que também estivessem dispostos a ir numa tal missão, provou ser um desafio. Faze-lo sem que os habitantes locais tivessem a noção de que algo incomum estava acontecendo era ainda mais difícil. Ainda assim, em janeiro, Huffmeier já tinha voluntários suficientes dentre os quais podia selecionar a força de desembarque: alguns homens estavam dispostos a tentar qualquer coisa para aliviar o seu tédio forçado e o tormento da fome no serviço de guarnição.

O treinamento começou na segunda semana do ano novo, com os comandos recebendo rações redobradas. Suas actividades eram conduzidas em Jernsey, a ilha mais afastada da França. Os civis ali foram colocados sob severas restrições de movimentos, mas mesmo assim, os elementos navais e de desembarque nunca ensaiaram juntos.

Depois de três semanas de treinamento, os homens foram deslocados para Jersey, de onde a incursão seria lançada. Mesmo ali permaneceram segregados do resto da guarnição e dos habitantes da ilha. Nenhum relatório radiofônico ou escrito foi feito sobre seu progresso. Huffmeier acreditava que a sua segurança era a prova de falhas e que os aliados seriam totalmente apanhados de surpresa. Ele estava errado a respeito do primeiro ponto, mas certo a respeito do segundo.

Em 24 de janeiro, um agente aliado em Jersey relatou que cerca de 400 alemães estavam recebendo treinamento e rações especiais naquela ilha. Apesar de encaminhada ao escritório do comandante da Força Naval Expedicionária, o relatório não foi encarado seriamente quando nenhuma operação alemã aconteceu imediatamente. Ninguém esperava que a isolada guarnição poderia fazer alguma coisa além de esperar pelo fim da guerra. Se o relatório recebeu algum crédito, este foi colocado como uma preocupação da guarnição em se preparar para repelir um ataque aliado. A batalha do Bulge estava acabando e os aliados rapidamente estariam em ofensiva geral de novo por todo o teatro europeu. Certamente, mesmo os soldados da isolada guarnição alemã sabiam que a guerra estava praticamente perdida.

Há uma certa razão nesta análise. Durante o planeamento inicial para os desembarques da Normandia se considerou atacar as ilhas do canal. Contudo, acreditava-se que estas ilhas fortificadas não valiam o custo. Os pesados canhões costeiros (305 mm) em Jersey tinham um alcance de 50 quilômetros e estavam posicionados em torres blindadas que podiam resistir a todas as bombas, menos as mais pesadas. As outras ilhas também tinham defesas costeiras protegidas e embasamentos de armas no interior, juntamente com densos campos minados nas praias e nas rotas saindo delas. Além disso, a guarnição em si somava mais de 32.000 homens de todos os serviços que viviam e trabalhavam em inexpugnáveis fortificações reforçadas com aço.

Mesmo num ataque aéreo parecia impraticável na medida que as defesas antiaéreas da ilha excediam aquelas que normalmente eram dadas aos centros industriais mais críticos. De facto, mesmo no início de 1945, as ilhas do Canal eram, metro por metro, os trechos de território mais fortemente defendidos de todo o Terceiro Reich.

Naturalmente, a força defensiva alemã tinha sido montada às custas de mobilidade. Uma vez nas ilhas, as forças alemãs ali não podiam partir sem passar por o corredor de supremacia aérea e naval aliada. Por esta razão, os alemães ali passaram referir-se a si mesmos como estando vivendo no maior campo de prisioneiros de guerra dos aliados.

Isto era um ponto de vista compartilhado pela maioria dos comandantes aliados. Já em outubro de 1944, os recursos aéreos e navais aliados na área tinham sido reduzidos a um esquadrão de navios de patrulha americanos e ao 156º Regimento de Infantaria dos Estados Unidos, que era responsável pela defesa de toda a península de Cherburgo. A segurança portuária era dada por várias companhias de infantaria ligeira dos franceses livres, batalhões de segurança, alguns destacamentos da polícia militar e uns poucos fuzileiros navais. A guarnição total de Granville somava cerca de 600 homens, mas não havia uma força de guarda permanente ou artilharia de qualquer tamanho.

Huffmeier sentiu-se pronto no início de fevereiro, enviando os seus incursores no dia 6. Infelizmente para os alemães, um grosso nevoeiro caiu e os navios sem radar não podiam navegar. Pior, um dos barcos S encontrou o barco de patrulha PC 552, que não somente encontrou o barco alemão, mais rápido, como o perseguiu de volta até Jersey.

Três outros barcos alemães deixaram de receber a ordem de retorno. Eles chegaram a atingir o porto de Granville, onde puderam ouvir os soldados aliados tocando música no hotel do caís, antes de perceberem que o resto dos atacantes tinham voltado. Salvaram-se sem incidentes. Em nenhum momento os operadores de radar aliados detectaram quaisquer movimentos da abortada força incursora.

A próxima oportunidade alemã veio em 8 de março, quando os seus operadores de radar baseados na ilha reportaram um pequeno comboio aliado movendo-se em direção a Granville. Huffmeier ordenou que a sua força fosse ao mar naquela noite. Inicialmente, a sorte foi contra os alemães. O radar aliado detectou o avanço da flotilha de varredores de minas às 9:49 da noite, correctamente predizendo que Granville era seu destino. Este relatório, enviado a ambos o Comandante-em-Chefe das forças navais em Portsmouth (na Inglaterra) e para o comandante da Task Force 125 o comandante naval norte-americano, responsável pelas águas ao largo de Cherburgo. Comandantes de forças terrestres locais também foram alertados, mas sentiam-se confiantes que a marinha iria lidar com a situação.

Por razões desconhecidas, as autoridades navais demoraram a enviar forças adicionais para a área até depois da meia-noite de 9 de março. A única força naval significativa imediatamente disponível, composta de três pequenos escoltas costeiros britânicos, foi deslocada para proteger o porto de Cherburgo, mais importante para os aliados. Ficou a cargo de um só barco patrulha americano, o PC 564 a intercepção e destruição da flotilha alemã.

O pequeno barco americano logo se achou superado pela artilharia dos três pontões de artilharia alemães. Foi sobrepujado e forçado a encalhar, com metade de sua tripulação morta ou ferida. Aqueles que conseguiram abandonar o barco com sucesso foram aprisionados. Os pontões de artilharia alemães então se estacionaram entre a ilha de Chaucy e St. Malo, para bloquear quaisquer outra interferência aliada. Dois dos varredores de minas iniciaram uma patrulha entre Jersey e a península com o mesmo fim.

Os outros quatro varredores de minas [M-Boote M 412, M 432, M 442 e M 452, da 24 Flotilha de Varredores, sob o comando do capitão-tenente Mohr] se dividiram em pares, um dos quais foi ao largo de Granville, para dar fogo de cobertura para o segundo. Este segundo par, e os barcos S moveram-se para o porto logo antes da 1:00 da manhã. Os barcos alemães foram ancorados ao longo do píer, com seus grupos de assalto lançando-se para terra, antes que os defensores do porto percebessem o que estava acontecendo.

Uma vez desembarcados, os atacantes se dividiram em quatro grupo de ataque e um grupo diversionário, se espalhando em direção a seus vários objetivos. O grupo de 70 homens do exército se dispersou para destruir as instalações portuárias, enquanto os metralhadores da força aérea se posicionaram ao longo das vias de acesso para o porto, para dar fogo de cobertura. Os homens da marinha abordaram os navios aliados docados, destruindo equipamento e colocando cargas de demolição. O quarto grupo, de uma dúzia de homens, foi atrás da estação de radar próxima.

O raid foi um sucesso retumbante. Nove dos 18 guindastes de Granville foram destruídos; uma locomotiva foi pega em um desvio e destruída, e muitos dos equipamentos de movimento de cargas foram destruídos imediatamente ou deixados com armadilhas. Quatro vapores aliados [Kyle Castle, Nephrite, e Parkwood, e o mercante norueguês Heien] foram muito danificados, com seus sistemas de propulsão e lemes demolidos além de qualquer possibilidade de conserto. Os alemães só ficaram desapontados pelo fato da maior parte das cargas dos navios já ter sido desembarcada, mas ainda assim eles conseguiram capturar o navio carvoeiro SS Eskwood [790 toneladas] e o rebocaram para fora do porto, a despeito da maré vazante.

Um navio mercante aliado ancorado fora do porto, o SS Gem, escapou de ser descoberto, fugindo da área sob a escolta do transporte armado da Marinha Real HMT Pearl. O varredor de minas M-412 da força de ataque encalhou e mais tarde teve que ser destruído para não ser capturado. Somente o ataque à estação de radar foi frustrado, quando os operadores do aparelho escaparam incólumes.

A força diversionária também obteve sucessos. Movendo-se diretamente dos barcos S, eles rapidamente tomaram o hotel, matando os dois fuzileiros navais de guarda ali. Então, com o auxílio dos funcionários franceses do hotel, eles rapidamente reuniram os nove oficiais americanos de maior patente na cidade, incluindo um coronel. Um oficial da Marinha Real e seus cinco homens morreram resistindo a este ataque.

Pelas 3:00 da manhã os atacantes tinham terminado sua obra e partiram do porto com seu navio presa, 30 prisioneiros aliados e 67 prisioneiros de guerra alemães resgatados. Enquanto em rota de volta para Jersey, eles atacaram e temporariamente colocaram fora de operação o farol e a estação de sinalização no ilha Grand Chausey. Pouco depois disso, a flotilha chegou em segurança no principal porto de Jersey, St. Helier.

As baixas alemãs somaram um oficial desaparecido em ação e presumivelmente morto e cinco feridos. Um dos marinheiros foi capturado quando ficou tempo demais colocando cargas no SS Parkwood. As baixas aliadas também foram surpreendentemente leves, somente 15 mortos e 30 feridos, com a maior parte desses últimos vindos da tripulação do PC 564.

Reforços aliados não chegaram a área de Granville até serem quase 4:00 horas da manhã. A Companhia K, do 3º Batalhão do 156º Regimento foi a primeira a chegar, tendo sido alertada e enviada de Coutances à meia-noite. Tiveram que fazer a viagem de 32 km no escuro, somente para chegar muito tarde para fazer qualquer coisa além de assegurar aos locais que os alemães não voltariam naquela manhã. Passaram o resto do dia desarmando e limpando armadilhas. Três barcos de escolta britânicos e dois barcos de patrulha chegaram um pouco depois dos homens da Companhia K, e não fizeram mais nada além de observar os danos que os alemães tinham causado.

Naturalmente, recriminações e inquéritos foram feitos em seguida e os aliados apertaram suas medidas de segurança ao longo da costa oeste da península. Relatórios do radar foram centralizados e barcos de patrulha adicionais forma transferidos para a área. As unidades que já estavam ali receberam pessoal experimentado adicional, removidos de unidades operacionais. O 156º Regimento também iniciou uma rotina mais agressiva de patrulhamento costeiro, que parece ter dado certo. Eles capturaram os dois sabotadores alemães seguintes quando chegaram ao continente mas no fim, foi somente o cancelamento pessoal do Almirante Karl Doenitz do planejado grande raid que seria feito que impediu que Huffmeir tentasse de novo.

O raid de Granville deve ser visto como uma audaz e bem sucedida operação, conduzida em face de uma esmagadora superioridade eletrônica, naval e aérea dos aliados. Somando-se aos prisioneiros, ele resultou para os alemães em cerca de 30 toneladas de alimentos, mais de 100 toneladas de carvão e 10 toneladas de óleo combustível. Estas eram mercadorias vitais para a faminta guarnição.

Apesar de não ter tido um impacto no resultado ou curso geral da guerra, nós somente podemos respeitar a coragem e engenhosidade da desnutrida e desmoralizada guarnição alemã que – a despeito de estarem centenas de quilômetros atrás das linhas inimigas – ainda encontraram a capacidade de golpear seus oponentes mais poderosos. No mínimo, o raid demonstrou o que o audaz pode fazer contra o complacente: nunca pense que um inimigo está derrotado até que ele se renda.

Mesmo considerando que os resultados do raide foram mínimos em termos estratégicos, tanto o General Rundstedt como o almirante Dönitz enviaram congratulações para o General de Divisão von Schmettow. Os documentos capturados no SS Eskwood foram requisitados pelo comando, para rápida avaliação, na esperança que dariam informações sobre a situação dos comboios no Canal da Mancha. O comandante da força de ataque alemã, Capitão-tenente Carl-Friedrich Mohr recebeu a cruz de cavaleiro da cruz de ferro. O 1o Tenente da Reserva Naval, Otto Karl, comandante do batelão de artilharia AF 65, também recebeu a cruz de cavaleiro.

Depois do Raid, pouco tempo restava antes da rendição final da Alemanha. No caso das Ilhas do Canal isso era problemático, devido à posição política de Huffmeier, um nazista convicto. Já em 3 de maio de 1945, depois do suicídio de Hitler, forças aliadas entraram em contato com o almirante, tentando descobrir se ele já estava pronto a se render. Em 6 de maio a resposta de Huffmeier não foi das mais animadoras: enviou uma mensagem aos aliados dizendo que ele somente obedecia ordens de seu governo na Alemanha. Dois dias depois, houve a rendição incondicional de todas as forças combatentes alemães, à meia noite do dia 8 de maio. Huffmeier informou, então, que tinha recebido a autorização para a rendição, mas essa não se fez sem percalços – um encontro foi arranjado entre os aliados, sob o comando do Brigadeiro Alfred Snow, que seguia com contratorpedeiros HMS Beagle e HMS Bulldog. O enviado alemão, Capitão-Tenente Armin Zimmermann foi a bordo do Bulldog, mas ele disse que só tinha autoridade para levar os termos de rendição de volta para Guernsey. Snow disse, de forma clara, que esperava a rendição imediata das forças alemães, colocando a data limite na meia noite do dia 8. Mesmo assim, os alemães insistiram que os dois contra-torpedeiros saíssem das águas locais – se não partissem, os alemães abririam fogo contra eles. Consta que Snow teria então dito que se os canhões das ilhas disparassem, Huffmeier seria enforcado. Apesar disso, os navios ingleses saíram de alcance dos canhões e, à meia noite do dia 8, uma comitiva alemã, sob o comando do General de divisão Heine, aceitou a rendição. Na manhã do dia 9 de maio, os dois contratorpedeiros ingleses ancoraram no porto de Saint Peter, sendo então assinada a rendição final alemã. Acabavam assim os cinco anos de ocupação do único trecho de território inglês tomado pelos alemães.

Grandes Guerras

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Mensagem por Lusitano89 21st junho 2011, 16:45

Morte de Yamamoto

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Das potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) o Japão foi o único que atacou o território norte-americano e o atacou da forma mais cobarde. Mesmo tendo decidido derrotar primeiro a Alemanha, os norte-americanos reservaram para os nipônicos a sua reserva de vinganças, pelo que eles fizeram em Pearl Harbor, no dia 7 de Dezembro de 1941, que ficou conhecido nos EUA como o Dia da Infâmia. Entre algumas vinganças perpetradas pelos norte-americanos podemos citar:

- A Bomba Atómica de Nagasaki foi para muitos um excesso indefensável. Se o bombardeio atômico de Hiroshima já foi discutível, o ataque nuclear a Nagasaki, para observadores da guerra, não passou de mais uma vingança. As forças japoneses já estavam a um passo do colapso, e a bomba foi uma crueldade.

- Mas entre o ataque de Doolitle a Tóquio e as bombas atômicas, ocorreu um episódio que foi mantido em segredo durante a guerra e que é classificado por muitos como mais uma vingança norte-americana ao ataque a Pearl Harbor: A execução do almirante Yamamoto, o cérebro e o comandante do ataque japonês de 7 de Dezembro.

Este ultra-secreto ataque ocorreu assim...:

Os norte-americanos já haviam conseguido decifrar o principal código secreto da Marinha Imperial japonesa e na manhã de 14 de Abril foi interceptada a mensagem que especificava os trajetos e os horários da visita de inspeção do Almirante Yamamoto à região de Bougainville, a nordeste da Papua Nova Guiné. Profundos estudiosos das personalidades dos seus principais inimigos, os norte-americanos sabiam que Yamamoto era de uma pontualidade ímpar.

O Almirante Halsey, comandante das unidades aéreas e navais do sul do Pacífico, recebeu do chefe do seu G-2 o plano de uma viagem de inspeção do comandante-chefe japonês do Pacífico Sul. Partindo de Rabaul, Yamamoto devia visitar as bases aeronavais da região do Buin. Nunca o Almirante japonês havia chegado tão perto do seu alcance. O avião que transportaria Yamamoto deveria sobrevoar Kaihili a 18 de abril, às 9h35. Os norte-americanos planejaram chegar ao encontro ao mesmo tempo que ele. Um escrúpulo fê-los hesitar. Seria uma boa tática utilizar uma vantagem clandestina para eliminar um grande chefe inimigo? Era uma emboscada pelas leis da guerra, ou uma armadilha? Halsey consultou o Almirante Chester W. Nimitz. Nimitz perguntou aos seus especialistas se eles achavam que o desaparecimento de Yamamoto enfraqueceria o Japão. Os especialistas responderam afirmativamente. O Grande-Almirante havia-se mostrado hostil a uma guerra contra os Estados Unidos, mas, não havendo podido impedi-la, fazia-a com talento e energia. Era o autor do plano de ataque contra Pearl Harbor, e nem a derrota de Midway nem o abandono de Guadalcanal o haviam qualificado como um desses capitães que um inimigo inteligente tem interesse em conservar. Esse testemunho das suas qualidades foi a sentença de morte do Almirante Yamamoto.

Yamamoto descolaria de Rabaul, na Ilha de Nova Bretanha, no dia 18 de abril às 6 horas da manhã, hora de Tóquio. Viajaria a bordo de um bombardeiro médio escoltado por seis aviões de caça. O seu destino era a base de Buin, com escalas em Ballale e nas Ilhas Shortland. De acordo com os cálculos americanos, caso Yamamoto descolasse no horário previsto, facto tido como certa pela Inteligência Naval Norte-Americana, a aeronave onde viajava estaria, às 9:35, hora local a exatos 55 km do campo de aterragem de Kahili, no litoral oriental de Bougainville.

O campo de aterragem norte-americano mais próximo dessa região era o de Henderson Field, na Ilha deGuadalcanal, que abrigava diversas unidades aéreas norte-americanas equipadas com Grumman F4F Wildcat, F4U Corsair e Lockheed P-38F Lightning, estes pertencentes ao 339th Fighter Squadron da 13ª. Força Aérea da USAAF. Após prolongada deliberação e a contragosto dos pilotos navais, concluiu-se que a única aeronave com alcance suficiente para executar a missão eram os Lightning do Exército. Sendo assim foi expedida a seguinte mensagem:

Washington, 17-4-43 - 15h35. Altamente Secreto: Secretaria da marinha ao Controlo de Caças Henderson. O Almirante Yamamoto, acompanhado do Chefe do Estado-Maior e sete oficiais generais da Marinha Imperial, entre eles o cirurgião chefe da grande frota, partiu de Truk, às 8 horas desta manhã, por via aérea, em inspeção das bases de Bougainville. O Almirante e a sua comitiva viajarão nos Sally, escoltados por seis Zeke. Escolta e honra, provavelmente procedente de Kahili, com itinerário previsto de Rabaul Bucka às 16h30. O almirante pernoitará em Bucka e regressará ao amanhecer rumo a Kahili, estando a aterragem prevista para as 9h45. Em seguida, o almirante embarcará numa caça-submarinos em Balalle para inspeções de unidades navais, sob o comando do Almirante Tanaka. Esquadrão 339. Repito: 3,3,9, P-38 deve de qualquer maneira, esperar e destruir Yamamoto e o seu Estado-Maior, na manhã de 18 de abril. Tanques suplementares, instruções e dados do tempo chegarão a 17 de abril de Port Moresby. Informações acentuam a extrema pontualidade do Almirante Yamamoto. O Presidente confere grande importância a esta missão, cujos resultados deverão ser comunicados a Washington. Frank Knox. Secretário de Estado da Marinha. Documento ultra-secreto, que não deve ser copiado, nem arquivado, mas, destruído depois da execução”.

O dia 18 de abril em Henderson amanheceu com os roncos dos motores. Às 7:10 hora local, descolaram 18 P-38F, sobre o comando do Major John W. Mitchell, para dar início à caçada. Mal começara a missão e uma das aeronaves fora obrigada a abortar a viagem quando furou o pneu durante a descolagem. Era justamente um dos aviões designados para a interceptação propriamente dita, uma vez que o plano norte-americano previa quatro aeronaves para realizar o ataque, enquanto as outras 14 forneceriam cobertura aérea. Pouco depois, outro integrante da esquadrilha foi forçado a abandonar a missão devido à dificuldade em transferir combustível dos tanques suplementares para os principais. No entanto apesar das duas perdas, a esquadrilha prosseguiu em vôo rasante rumo ao ponto de encontro a 680 quilômetros dali.

Em vez de voarem a distância mais curta entre Henderson e Kahili, optou-se por uma rota cuja trajetória arqueava ao sul do arquipélago Salomão. A inteligência norte-americana temia que os Lightning fossem detectados em rota por aeronaves inimigos ou observadores costeiros inimigos, o que proporcionaria a prova aos japoneses de que o seu código naval havia sido descoberto.

Quase duas horas e vinte minutos após a descolagem do líder e já próximos à baía da Imperatriz Augusta em Bougainville, os pilotos norte-americanos avistaram na névoa oito aeronaves a uma distância de cerca de 8 quilômetros e a uma altitude de 4.500 pés. Imediatamente, os Lightning dividiram-se em dois grupos.

Enquanto nas cabines de 12 dos caças, os pilotos premiam plena potência para subir aos 18.000 pés, e os seus quatro companheiros passaram à perseguição.

Segunda Guerra Mundial P38

Largados os tanques de combustível suplementares e iniciando uma subida de ligeira inclinação para interceptar a esquadrilha inimiga que já iniciava a aproximação para a aterragem em Kahili, dois dos P-38F rumaram para os dois bombardeiros médios que a esta altura já haviam sido identificados como sendo do tipo Mitsubishi G4M Betty.

Ao contrário do planeamento norte-americano, que previa somente um bombardeiro médio, os pilotos do 339th FS encontraram duas dessas aeronaves, uma vez que os japoneses transportavam Yamamoto e todo o seu estado-maior, dividido entre os dois aviões. Incapazes de distinguir qual deles transportava o almirante inimigo, o Capitão Thomas G. Lanphier e o Tenente Rex T. Barber viram-se obrigados a abater os dois aviões. O primeiro Betty com o Almirante Matome Ugaki a bordo, foi eliminado de imediato, indo de encontro à superfície do mar. Ugaki escapou, tendo ficado apenas com o braço partido. O Tenente Barber rapidamente fez perseguição ao segundo bombardeiro que foi rapidamente abatido caindo na selva. Todos os P-38 voltaram, exceto um. O feito foi guardado em segredo até o fim da guerra. Primeiro, para não revelar aos japoneses que os seus códigos estavam descobertos; e depois, porque Lanphier tinha um irmão prisioneiro no Japão e temia-se, que ocorre-se contra ele, uma terrível vingança.

Só depois da guerra se soube dos resultados completos desta missão. O bombardeiro abatido por Barber caíra no mar, e os Almirantes Ugaki e Kitamura foram recolhidos, gravemente feridos, do meio dos destroços. O outro bombardeiro foi encontrado na selva - e nele o corpo do Almirante Yamamoto, ainda agarrado à espada protocolar. Quando as suas cinzas foram devolvidas a Tóquio, milhões de japoneses compareceram ao enterro oficial. Foi a maior exibição de luto nacional por um almirante desde o funeral, em Londres, do Visconde Horatio Nelson, que morreu em Trafalgar.

Um mês após a morte, a Rádio de Tóquio finalmente admitiu que ele tinha sido morto. Mas durante o resto da guerra os Estados Unidos não revelaram pormenores. A razão principal foi temer-se que a interceptação meticulosamente planeada fizesse o inimigo perceber que o seu código havia sido desvendado.

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Mensagem por Lusitano89 22nd junho 2011, 14:20

Rússia recorda discretamente 70 anos da invasão nazi


A Rússia recordou esta quarta-feira com discrição o 70º aniversário da invasão da URSS pela Alemanha nazi, uma data que ainda incomoda Moscovo, pois, como afirmam os arquivos recentemente revelados, o líder soviético Josef Estaline não teria dado a devida importância aos relatórios sobre os planos de Adolf Hitler. A Operação Barbarossa teve início nas primeiras horas de 22 de Junho e permitiu à Wermacht (exército alemão) invadir o território soviético, ameaçando Moscovo, antes de ver travado o seu avanço por causa do inclemente Inverno russo.

Cidades como Kiev (Ucrânia) e Rostov-on-Don viveram durante muitos meses sob a ocupação nazi.

Para a Rússia e outros países oriundos da ex-União Soviética, o dia 22 de Junho de 1941 marca o verdadeiro início da Segunda Guerra Mundial, que os livros de história russos chamam de a Grande Guerra Patriotica.

Mas a recordação dessa data geralmente é mais apagada em contraste com a de 9 de Abril de 1945, quando se recorda com exaltação a rendição alemã.

Na Rússia e outras repúblicas ex-soviéticas, os actos este ano limitaram-se a concentrações de cidadãos com velas acesas e o presidente russo, Dmitri Medvedev, a colocar uma coroa de flores frente ao Túmulo do Soldado Desconhecido.

A sociedade russa começou nos últimos anos a associar a recordação de uma resistência heróica à ideia de que Estaline, com a sua incredulidade face às advertências sobre os planos de Hitler, enfraqueceu sensivelmente a defesa do país.

Historiadores ocidentais afirmam que Estaline confiava que Hitler respeitaria o Tratado de não-agressão germano-soviético, conhecido como Pacto Molotov-Ribbentrop (nomes dos chanceleres da União de Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS e do Terceiro Reich nazi).

Além disso, a repressão estalinista dizimou a partir de meados da década de 30 as elites soviéticas, incluindo as do aparelho militar, que teriam conseguido conceber uma estratégia de defesa.

Uma nova atitude em relação a esses incómodos erros de Estaline surgiu sob a presidência de Dmitri Medvedev, que condenou os crimes do ex-líder soviético com mais ênfase do que o seu antecessor, Vladimir Putin.

Lusa

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Mensagem por Lusitano89 26th junho 2011, 00:57















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Mensagem por Saibot 28th junho 2011, 11:47

O sucesso militar nazi manifestou-se na Guerra Relâmpago (ou blitzkrieg). A Polónia foi esmagada em menos de um mês; a Noruega e a Dinamarca foram invadidas em Abril de 1940 e, em Maio, a Holanda, a Bélgica e a França também foram atacadas. O exército francês caiu perante o avanço alemão e as tropas aliadas tiveram de ser rapidamente evacuadas a partir de Dunquerque. A França capitulou no mês seguinte. Em 1941, a guerra nos Balcãs deu à Alemanha o controlo da região, enquanto que, no Norte de África, o marechal Rommel obtinha vitórias importantes para as forças do Eixo. A 22 de Junho de 1941 começou a operação Barba Vermelha, a invasão da URSS.

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Mensagem por Saibot 28th junho 2011, 11:55

Em Dezembro de 1941, os japoneses lançaram um poderoso ataque aéreo contra a frota norte-americana ancorada em Pearl Harbour, no Havai, e iniciaram a invasão das Filipinas. Os EUA e o Reino Unido declararam, então, guerra ao Japão. Três dias depois a Alemanha, a Itália e os países do Eixo entraram oficialmente em guerra contra os EUA. O ataque a Pearl Harbour concedeu ao Japão um domínio temporário sobre o Pacífico, permitindo-lhe conquistar as Filipinas, a Malásia, a Indonésia e a Nova Guiné.

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Mensagem por Lusitano89 5th agosto 2011, 19:18


Durante a Segunda Guerra Mundial, pilotos de muitos países latino-americanos se ofereceram como voluntários. Entre eles, estavam os Aguilas Aztecas, do México, os Senta a Púa, do Brasil, e Firmes Volamos, da Argentina, três valentes esquadrões que participaram em batalhas no Atlântico Norte, nas Filipinas e no Norte da Itália, enfrentando kamikazes, participando no Dia D e colaborando com a reconquista do Continente Europeu. Através de entrevistas com os protagonistas, com especialistas em aviação e historiadores, conheça as experiências dos pilotos latino-americanos nesta guerra e especialmente nas missões aéreas que realizaram.







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Mensagem por Lusitano89 8th agosto 2011, 13:05

Morreu australiana heroína da Segunda Guerra Mundial


A Austrália homenageou esta segunda-feira Nancy Wake, heroína da Segunda Guerra Mundial, que participou na Resistência francesa e foi durante algum tempo a mulher mais procurada pela Gestapo, falecida em Londres no domingo. Nancy Wake, apelidada de «rato branco» durante a guerra pela sua capacidade de escapar dos soldados alemães, morreu no domingo num hospital londrino poucos dias antes de completar 99 anos.

«Ela foi uma espiã magnificamente eficaz», declarou a primeira-ministra australiana, Julia Gillard.

«Nancy Wake era uma mulher dotada de uma coragem e de recursos excepcionais, cujas proezas ousadas salvaram a vida de centenas de pessoas das forças aliadas e ajudaram a acabar com a ocupação nazi em França», completou.

Wake era a australiana mais condecorada pelas suas acções durante a Segunda Guerra Mundial.

Ela recebeu a Legião de Honra na França, a medalha Rei George da Grã-Bretanha e a medalha da Liberdade dos Estados Unidos.

Nasceu na Nova Zelândia, mas cresceu na Austrália. Abandonou a casa da família aos 16 anos e viajou para Paris, onde trabalhou como jornalista.

Ingressou na resistência em 1940 com o marido, o industrial Henri Fiocca, assassinado pela Gestapo em Agosto de 1943.

Lusa



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